• Kia sofre impacto da pandemia e coloca carro a hidrogênio na gaveta
  • Prioridade da marca serão os carros elétricos e híbridos plug-in
  • Hyundai Nexo, movido a hidrogênio, custa US$ 58.735 nos Estados Unidos

Apesar de seguir com firme com o plano de eletrificação da frota, a Kia, assim como outras montadoras, sofreu o impacto da pandemia de coronavírus e teve que reconsiderar alguns projetos. Um deles é o desenvolvimento do seu próprio carro movido a hidrogênio, inicialmente previsto para 2021 e agora adiado por tempo indeterminado.  

Emilio Herrera, diretor de operações da Kia para a Europa, afirmou recentemente "não ter certeza" de que a marca coreana irá lançar um carro a hidrogênio em 2021, conforme planejado, baseado no Hyundai Nexo. A Kia prometeu lançar um modelo com tecnologia de células de combustível aproveitando as sinergias do grupo sul-coreano, mas as consequências da pandemia obrigaram a repensar os planos.

Galeria: Hyundai Nexo FCV

O chefe da marca coreana disse ainda que "não achamos que seja algo que precisamos acelerar", referindo-se a esse modelo movido a hidrogênio. Ele destaca que o preço final é bastante elevado se comparado com carros de tecnologias similares: "dizemos que os veículos elétricos são caros para o consumidor, mas os carros a hidrogênio são ainda mais". 

Ainda restritos a poucos mercados, os carros elétricos a células de combustível realmente custam mais caro que seus pares a eletricidade tradicionais e devem ganhar espaço de forma mais lento no mercado automotivo. Eles são comercializados em países como Coreia do Sul, Japão, China, EUA e regiões da União Europeia. Nos Estados Unidos, o Nexo é vendido por US$ 58.735 (R$ 308.550).

Bastante empanhada em ampliar a produção dos carros a células de combustível, a Hyundai apresentou recentemente um plano estratégico para impulsionar esse tipo de veículo. Parte dessa estratégia é a meta de fabricar 700 mil veículos a hidrogênio até 2030.

O Hyundai Nexo funciona com um catalisador que combina as células de hidrogênio (H2) às de oxigênio (O) e gera eletricidade por meio de reação química. Uma das vantagens é que no fim do ciclo o sistema emite vapor de água destilada, purificando o ar coletado no começo do processo.

A ótima autonomia de 610 quilômetros é garantida por três cilindros de hidrogênio, que têm a conveniência de poder ser abastecidos rapidamente, em apenas cinco minutos - uma grande vantagem sobre os carros elétricos convencionais que podem levar horas para uma carga completa. 

Brasil

Por aqui a estratégia de combustíveis limpos é diferente e segue apostando as fichas no etanol e na tecnologia "flex". O etanol é considerado limpo por ser renovável, sendo que parte do CO2 emitido pelos veículos é absorvido pelos próprios canaviais.

Fonte: Autocar