Agora é certo que a Ferrari está prestes a apresentar o primeiro SUV de sua história. O veículo, fortemente disfarçado de Maserati Levante, também foi flagrado na rua pela primeira vez.

Também existem outros rumores muito interessantes sobre o projeto que é identificado internamente pelo código F175 e que, com grande probabilidade, chegará ao mercado como um Purosangue. O mais interessante é o fato de que o modelo também deverá ser híbrido... e até elétrico.

Esperando por 2022

Agora, espera-se que a Ferrari Purosangue seja revelada no início de 2022 e explore amplamente a arquitetura dos carros esportivos com motor dianteiro da Maranello. Na realidade, porém, também adotará soluções a partir dos carros com motor central da empresa. Pelo menos é o que revela a revista inglesa Car, que cita como fonte um funcionário da empresa que não quis se identificar. 

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O novo carro, em 2022, vai estrear com versões a combustão (pode receber motores V12, V8 e V6), mas depois vai ampliar a gama com um híbrido que irá aproveitar um esquema derivado do SF90 Stradale, cujos 1.000 cv vêm do V8 3,9 litros turbocompressor aliado a 3 motores elétricos. No caso do Purosangue, as unidades elétricas podem ser até quatro, como as rodas motrizes, embora a potência total deva ser menor.

A escolha do híbrido, ao olhar mais de perto, parece quase uma obrigação, considerando o panorama atual. Com o endurecimento dos regulamentos antipoluição, na verdade, até a Ferrari será forçada a se concentrar em modelos cada vez mais eficientes. Outros fabricantes especializados em carros de alto desempenho já estão nesse caminho, como a Lamborghini, cujo elétrico pode chegar mais cedo do que o esperado, ou como a McLaren. 

Voltando à Ferrari: qual carro para a estreia com zero emissões seria melhor do que o SUV, que chega justamente para aumentar o volume de vendas e abrir caminho para a marca rumo a novos segmentos de mercado?

100% elétrico?

Car vai mais longe e afirma que já estão em desenvolvimento em Maranello outros dois carros, identificados internamente como F244 e F245, que serão as primeiras Ferraris com emissão zero da história. Ainda não está claro se um dos dois será um elétrico a bateria Purosangue ou se serão dois carros distintos, incluindo quase certamente um SUV, que derivará do Purosangue. Eles nasceriam em uma plataforma 'skate' projetada desde o zero para os elétricos e abrigariam uma grande bateria, com capacidade entre 80 e 100 kWh.

Esportivo sem compromisso

Para além da motorização, a Purosangue fará de tudo para se manter fiel ao DNA da marca. O próprio Sergio Marchionne afirmou isso no final de 2017, quando confirmou que já estava em andamento o projeto do que seria (e será) o SUV mais esportivo do mundo.

Isso foi repetido pouco depois por Louis Camilleri, que em uma entrevista disse: "Odeio ouvir a palavra SUV na mesma frase em que existe a palavra Ferrari; nosso novo modelo será único em todos os aspectos e redefinirá o conceito de SUV além de todas as expectativas".

O que se sabe até agora

Que será mais esportivo do que qualquer outro SUV do mercado é certo. E provavelmente será um híbrido plug-in. Fontes dentro da Ferrari também afirmam que ela poderia ter quatro portas, sendo as traseiras pequenas e ocultas, com abertura suicida. Esta seria uma solução que permitiria dispensar a coluna B para facilitar o acesso aos bancos traseiros.

O carro também poderia ter suspensão a ar de altura variável, quatro assentos e um preço em linha com o resto da produção da Ferrari. A tabela de preços, segundo rumores, deve rondar os 300 mil euros, muito mais do que o concorrente natural Urus. Como o Urus para Lamborghini, no entanto, o Purosangue permitiria à Ferrari dobrar as vendas até a metade da década, elevando o resultado do Cavalo Empinado para cerca de 16.000 carros por ano.