Enquanto aposta no sucesso do ID.3 e também do estreante ID.4 para avançar com suas metas de emissões na Europa, a Volkswagen é alvo de acusações por parte do Greenpeace, que afirma que a montadora alemã tem usado truques como aumentar suas vendas de carros elétricos com emplacamentos dentro da própria empresa.
É isso mesmo. A organização global de meio ambiente acusa a marca alemã de emplacar veículos internamente para inflar as vendas de carros elétricos, ampliar o percentual destes no total de sua frota e assim reduzir suas emissões médias - vale lembrar que a Europa tem apertado constantemente as regras de emissões com multas pesadas para as montadoras que não conseguem atingi-la.
O Greenpeace diz que a Volkswagen gosta de vender a ideia de que é a pioneira em carros elétricos no grupo das montadoras tradicionais de carros a combustão, mas afirma que os números de emplacamentos têm uma pegadinha: de acordo com os cálculos da organização ambiental, a marca alemã teria realizado dezenas de milhares de emplacamentos internos.
De acordo com esses dados, a VW teria registrado 20,5% de todos os seus veículos elétricos puros e 21,7% de todos os veículos híbridos plug-in na Europa para a própria montadora ou para as suas concessionárias - um total de mais de 65.000 carros eletrificados.
O estudo ainda conclui que esse procedimento teve um forte impacto nas emissões médias de CO2 da frota. A organização ataca duramente a montadora:
"Em vez de ajustar sua pegada de carbono com seus próprios registros, a VW deveria sair rapidamente do negócio que prejudica o clima com motores a diesel e gasolina", disse o especialista em tráfego do Greenpeace Benjamin Stephan.
Por sua vez, a Volkswagen rejeita todas essas acusações e afirma que durante o ano passado foram lançados novos carros elétricos e que por conta disso disponibilizou 'algumas' unidades para os concessionários, principalmente para test-drive. Além disso, reforçou que a frota da própria montadora está sendo gradualmente eletrificada, embora não tenha fornecido dados específicos, mas garante que os seus números de vendas de carros elétricos "são verdadeiros".
Fonte: Spiegel
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