Recentemente, Ford e Volkswagen firmaram uma parceria estratégica pela qual a primeira teria acesso à plataforma MEB para o desenvolvimento de seus próprios carros elétricos. Isso permitirá redução de custo para a Ford, enquanto significa um avanço na escala da arquitetura da montadora alemã. 

A Ford confirmou até agora o seu primeiro veículo elétrico baseado na MEB (um volume total de até 600.000 unidades entre 2023 e 2029), que deve ser de um SUV compacto elétrico com produção na fábrica de Colônia, na Alemanha, que está em processo de modernização. 

Galeria: Volkswagen plataforma MEB

Mas surgiu a informação de que mais um veículo totalmente elétrico está sendo considerado e, de acordo com a Bloomberg, a Ford está bem próxima de tomar a decisão de licenciar a plataforma MEB para um segundo modelo. O anúncio oficial sobre o acordo é esperado dentro de semanas.

"A Ford Motor Co. está se aproximando de uma decisão de licenciar a tecnologia de carro elétrico da Volkswagen AG para um segundo modelo a ser vendido na Europa, disseram pessoas familiarizadas com o assunto, um movimento que aprofundaria os laços entre duas das maiores montadoras do mundo."

Ainda não há detalhes sobre os carros elétricos da Ford, mas o fato é que a plataforma MEB permite produzir uma ampla gama de veículos, inclusive SUVs de até 7 lugares, como o mais recente Volkswagen ID.6 apresentado na China. 

No curto prazo, a Ford será capaz de economizar tempo e custos usando a base MEB. No entanto, só o tempo dirá se essa estratégia valerá a pena em comparação com a possibilidade de possuir uma plataforma interna para seus carros elétricos. 

Normalmente, quanto mais a sério um fabricante leva um assunto - no caso, os carros elétricos - mais ele está disposto a investir em sua própria plataforma. Nessa perspectiva, o uso da MEB ainda indica um interesse modesto em carros elétricos de passageiros.

Talvez seja porque a Ford esteja investindo mais na eletrificação de suas picapes e veículos comerciais e precisa limitar, pelo menos temporariamente, os custos com a eletrificação com os carros. Se esse segmento for menor e menos lucrativo, seria uma estratégia de negócios racional. Vamos acompanhar. 

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