A Volkswagen é uma das marcas que mais investem na transição energética. Com vários lançamentos de carros elétricos programados para os próximos anos, a marca alemã fala com propriedade sobre eletrificação, principalmente na Europa, mas no Brasil o cenário é diferente e esse caminho ainda vai passar pelos carros híbridos.  

Em entrevista para a Folha de São Paulo, o presidente da Volkswagen na América do Sul, Pablo Di Si, falou sobre o processo global de eletrificação os carros da marca alemã, mas enfatizou que o Brasil ainda carece de uma infraestrutura adequada para os carros elétricos.

Galeria: Volkswagen Golf GTE (2020)

Dessa forma, o executivo número um da marca no país declarou que a receita para o nosso mercado serão os carros híbridos a etanol, uma solução pioneira da japonesa Toyota por aqui que a marca alemã não considerou inicialmente para o país, mas que agora faz parte dos planos. 

De acordo com a fala de Di Si à Folha, o "futuro da frota é o carro híbrido elétrico, que vai rodar também com etanol". Ele destaca que esta é a solução é a mais adequada a um país de dimensões continentais como o Brasil e que ninguém vai investir em um carro elétrico, que custa mais caro, para rodar apenas na cidade.

Falando em eletrificação, a Volkswagen deu o pontapé inicial por aqui com o Golf GTE, versão híbrida plug-in que chegou ao país em 2019 e não está mais à venda. Vale lembrar que a marca alemã faz parte do projeto Plug&Go, juntamente com a EDP, que tem como objetivo incentivar as pessoas a usarem carros elétricos e híbridos e também inaugurou 30 estações de recarga na região Centro-Sul do país - a recarga é gratuita e as estações estão localizadas em um corredor de 2,5 mil quilômetros, que vai do Espírito Santo a Santa Catarina.

Por fim, veio o anúncio de que a Volkswagen irá lançar seis veículos híbridos flex no Brasil. Isso é parte da nova estratégia da marca, com a aprovação pela matriz na Alemanha da adaptação para a tecnologia flex de alguns motores de sistemas híbridos em linha na Europa para mercados emergentes. No entanto, ainda não está claro quais modelos serão 'convertidos' por aqui.   

Vale lembrar que recentemente a matriz aprovou a criação de um centro de pesquisa e desenvolvimento de biocombustíveis no Brasil, que será referência para os países emergentes em novas soluções energéticas, incluindo as possibilidades com o etanol. 

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Fonte: Folha de SP