Os sedãs da Audi deverão assumir um perfil mais cupê no futuro, isso se as linhas do novo conceito Grandsphere servirem de inspiração daqui a alguns anos nos próximos modelos três-volumes da marca de Ingolstadt. O Audi Grandsphere Concept é um conceito de sedã de luxo elétrico que será apresentado no Salão de Munique, na Alemanha, que abre suas portas ao público a partir de 7 de setembro.
Com 5,35 m de comprimento, 2,00 m de largura e 1,39 m de altura, o protótipo Grandsphere Concept é um sedã de luxo pensado pela Audi que pode até tomar o lugar do atual A8, que por sinal será o último modelo da marca a contar com o motor W12 do grupo Volkswagen. Voltando ao conceito, ele traz entre-eixos com generosos 3,19 m, o que se traduz em um espaço interno digno de uma sala de estar para fazer faz inveja até ao A8 vendido hoje – e que ocupa o topo da gama da marca alemã.
O sedã do futuro traz linhas fluidas e uma dianteira bem baixa, onde os faróis contam com desenho estreito e com o tamanho das áreas de luz ajustáveis de acordo com a função ativada no momento, como luzes diurnas ou de seta. A tradicional grade Singleframe está presente em uma reinterpretação de tamanho bem grande, que ocupa boa parte da dianteira. E pasme: as rodas são de 23 polegadas e se inspiram no desenho no conjunto usado pelo Audi Avus Quattro, conceito de superesportivo mostrado no Salão de Tóquio de 1991.
A lateral é atravessada pois vincos em direção ao para-lama traseiro, enquanto o teto tem caimento acentuado em direção a traseira, sendo feito todo de vidro. As portas têm abertura invertida (do tipo “suicida”) e não contam com a coluna “B”, o que deixa o sedã ainda mais com cara de cupê. Na traseira, as lanternas também assumem um desenho afilado, enquanto o para-choque traz um difusor gigante – sem saídas de escape, afinal estamos falando de um conceito elétrico.
Por dentro, o Audi Grandsphere Concept assume um visual minimalista. Tem bancos dianteiros com encostos de cabeça que se pronunciam nas laterais e banco traseiro que lembra um sofá. Com estilo futurista e bem limpo, em resumo a Audi diz que o interior se transforma em uma ampla esfera de experiência sem volante, pedais ou monitores, já que o carro tem nível 4 de automação, ou seja, que dirige sozinho (tecnologia que o grupo VW está trabalhando para implementar na segunda metade desta década). Neste modo, os pedais e o volante se escondem e ampliam o estilo minimalista da cabine.
É bacana também o painel, que pode ser usado como fundo para receber uma projeção de mapa com navegador GPS, que exibe uma variedade de serviço relacionadas à viagem atual, destacando restaurantes ou hotéis no trajeto. Interessante também é o nível de assistência do sedã, que reconhece as posições de bancos do motorista e passageiro automaticamente, incluindo ainda o ajuste padrão de temperatura do ar-condicionado.
Já o sistema multimídia acessa os serviços acessados recentemente pelos passageiros e os reinicia facilmente dentro do carro. Por exemplo, um vídeo que um passageiro estava assistindo em um tablet é reproduzido automaticamente na tela projetada no painel do sedã. O acabamento da cabine traz madeira e lã, além de tecidos sintéticos agradáveis ao toque, com parte dos materiais vindo de cultivo sustentável ou feitos de material reciclável.
O Grandsphere Concept é movido por dois motores elétricos que geram 530 Kw de potência (720 cv) e 97,89 kgm de torque, entregues de forma instantânea como é padrão nos elétricos. Com isso, a Audi afirma que ele acelera de 0 a 100 km/h em pouco mais de 4 segundos, enquanto a velocidade máxima (não revelada) é limitada para ampliar a autonomia do sedã.
Equipado com uma bateria que armazena 120 kWh, o protótipo tem autonomia declarada de 750 quilômetros – maior do que muito carro a combustão. A Audi garante que apenas 10 minutos são suficientes para carregar a bateria e rodar por mais de 300 quilômetros. Em menos de 25 minutos, pode-se carregar a bateria de 120 kWh de 5% a 80%.
E como conforto é mais do que necessário em sedãs grandes de luxo, o conceito utiliza suspensão a ar com um sistema de câmara única com amortecedores adaptáveis. Ele conta com um sistema que pode puxar ou empurrar separadamente cada roda em milissegundos por meio de atuadores eletromecânicos. Assim, é possível controlar ativamente o estado do chassi em qualquer situação, reduzindo significativamente a inclinação da carroceria em curvas, acelerações e frenagens.
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