Recentemente, a imprensa internacional relatou que os dois gigantes automotivos BMW e Ford estão acelerando o cronograma de pesquisa e desenvolvimento da bateria de estado sólido, planejando iniciar os testes em condições reais com veículos a partir de 2022.
Em 2017, a BMW e a Ford anunciaram um investimento conjunto na Solid Power, esta última oficialmente a futura fornecedora de baterias de estado sólido para as duas montadoras. Atualmente, foi relatado que a Solid Power estaria expandindo a escala de sua planta no Colorado (EUA) e se preparando para iniciar a produção experimental de suas baterias de estado sólido no início de 2022.
O Tech Crunch relata que a nova instalação se concentrará na produção de um material de eletrólito sólido à base de sulfeto e incluirá espaço para uma linha de produção com foco em suas células de bateria de 100 amperes. A Ford e a BMW devem colocar as mãos nessas células no início de 2022 e começar a testá-las em aplicações automotivas antes do lançamento no mercado, que deve ocorrer entre 2025 e 2030.
Muitos acreditam que as baterias de estado sólido são o próximo passo lógico das atuais baterias de íon de lítio usadas por veículos elétricos e híbridos. Elas têm menor custo e oferecem maior densidade de energia, além de maior expectativa de vida.
O CEO da Solid Power, Doug Campbell, disse ao TechCrunch que essas células são mais seguras, pois é o eletrólito líquido que atua como "a faísca que leva à fuga térmica". Referindo-se aos fabricantes de automóveis lidando com incêndios em seus veículos elétricos. Ele acrescentou: "Acreditamos fortemente que esses problemas que a Hyundai e a GM estão enfrentando agora seriam resolvidos com uma bateria de estado sólido".
Ao mesmo tempo, a Solid Power anunciou oficialmente que não pretende se tornar um concorrente de empresas como Panasonic, LG ou CATL, mas se considera uma empresa mais focada nos materiais. O CEO da Solid Power disse que espera produzir materiais eletrolíticos suficientes para dar conta da demanda de eletricidade estimada de 10 GWh / ano em 2027. Por esta razão, ela precisa de uma maior "ordem de magnitude" de capacidade de produção de eletrólitos.
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