Em um movimento inesperado, o Brasil surpreendeu durante a abertura da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow, na Escócia, e anunciou uma nova meta, mais ambiciosa, de redução de emissões de gases do efeito estufa para 2030.
Representando o país na conferência climática, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, anunciou nesta segunda-feira (1º) que a meta será a redução de 50% nas emissões de gases nocivos para 2030, um acréscimo considerável sobre a meta anterior de 43% e agora mais alinhada com as maiores economias globais.
"Apresentamos hoje uma nova meta climática, mais ambiciosa, passando de 43% para 50% até 2030; e de neutralidade de carbono até 2050, que será formalizada durante a COP26".
Segundo o ministro, a conferência marca "uma transição do debate das promessas climáticas para a criação de empregos verdes". Leite argumentou ainda que o Brasil tem atuado como articulador do debate.
"Realizamos encontros bilaterais prévios com mais de 60 países, atuando como país articulador, buscando o diálogo e pontos de convergência. Também conduzimos dezenas de reuniões técnicas, coletando subsídios que culminaram numa estratégia de negociação para defender o interesse nacional e posicionar o Brasil como país fundamental nessa nova agenda verde mundial", disse.
Por sua vez, o presidente Jair Bolsonaro, em discurso gravado para a conferência, afirmou que o “Brasil é uma potência verde” e argumentou que o país é solução para os problemas atuais.
"O Brasil é uma potência verde. Temos a maior biodiversidade do planeta, a maior e mais rica cobertura florestal e uma das maiores áreas oceânicas. No combate à mudança do clima, sempre fomos parte da solução, não do problema", afirmou o presidente.
O Programa Nacional de Crescimento Verde foi lançado na semana passada e tem como objetivo objetivo aliar a redução das emissões de carbono, a conservação de florestas e o uso racional de recursos naturais com geração de emprego verde e crescimento econômico.
O anúncio da meta de redução de emissões mais ambiciosa por parte do Brasil causou boa impressão no cenário global. No entanto, agora que o país revelou "o que irá fazer", resta a expectativa do "como fazer", ou seja, quais medidas efetivas serão tomadas para que haja essa guinada rumo a uma economia mais verde.
Na frente do mercado automotivo, a Anfavea e entidades do setor lançaram na semana passada o movimento Mobilidade Sustentável de Baixo Carbono (MSBC). Uma nova iniciativa que tem como objetivo desenvolver um plano para ampliar o uso dos biocombustíveis, acelerar a descarbonização do transporte no Brasil e explorar de forma mais eficiente as tecnologias locais de baixas emissões.
Fonte: Agência Brasil
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