Enquanto amarga o pior mês de outubro em cinco anos, tanto em produção como em vendas, a indústria automotiva continua observando um crescimento forte nas vendas de carros elétricos e híbridos no Brasil. Os dados são da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Autoveículos) e indicam um novo recorde para os eletrificados em 2021.  

Considerando os automóveis e comerciais leves, as vendas do acumulado de 2021 (janeiro a outubro) já representam mais que o dobro do resultado de todo o ano de 2020. Foram 1.805 emplacamentos de carros elétricos, contra 801 no ano passado, um crescimento de 125,3% até o momento e que deve superar os 150% quando encerrar o ano.

Porsche Taycan Turbo S (Teste IEV BR)

No mesmo intervalo foram emplacados 25.135 modelos híbridos, um crescimento menor, mas ainda importante sobre o total de 2020, com 18.944 unidades. Ao todo, os veículos eletrificados foram responsáveis por 26.940 registros nos primeiros dez meses do ano, atingindo 1,7% de participação de mercado - em 2020 eles respondiam por 1,0% do mercado. 

O relatório da Anfavea também destaca o crescimento das novas tecnologias de propulsão no segmento de ônibus e caminhões. De janeiro a outubro foram emplacados 67 veículos movidos a gás natural e 157 veículos elétricos, número puxado pelo bom desempenho dos primeiros caminhãos elétricos a chegarem ao mercado e que tende a crescer de forma mais acelerada a partir de 2022.

Impressões ao dirigir: VW e-Delivery

Recentemente, diversas entidades dos setores automotivo e de biocombustíveis se uniram para a construção de um plano estratégico para promoção da Mobilidade Sustentável de Baixo Carbono (MSBC) no Brasil. 

O movimento MSBC é destinado a promover cooperação multidisciplinar sobre temas relacionados à descarbonização da mobilidade, contribuindo para as discussões sobre políticas públicas que envolvam tecnologias de baixo carbono, entre elas a hibridização e a célula de combustível que usem fontes sustentáveis de energia, estimulando o desenvolvimento econômico equilibrado e socialmente inclusivo.

Fonte: Anfavea