Após um retrocesso em termos ambientais nos últimos anos, os Estados Unidos tentam mudar o rumo de suas ações. Recentemente, a EPA, agência nacional de proteção ambiental, estabeleceu novos padrões para a eficiência dos carros vendidos no país. A medida anunciada pelo presidente da agência, Michael Regan, anula as decisões anteriores tomadas por Donald Trump e abre caminho para uma forte eletrificação no mercado norte-americano.
Em essência, a EPA focou no consumo médio de modelos na linha de cada fabricante. Sob o presidente Trump, foi estabelecido um limite de 38 milhas por galão, enquanto as novas regras chegarão ao patamar de 55 milhas por galão até 2026. Ou seja, para esse ano, a faixa de consumo terá que chegar a 23,4 km/l contra os 16 km/l anteriores.
Sem entrar na análise dos números propostos pela EPA, o objetivo é bastante claro: os Estados Unidos querem uma frota de carros mais eficiente dentro de alguns anos. As regras entrarão em vigor progressivamente a partir de fevereiro de 2022 com os chamados modelos "MY 2023" e forçarão os fabricantes a depender de motores cada vez mais atentos ao consumo de combustível (e, portanto, às emissões).
Para alcançar esses objetivos parece um tanto inevitável a introdução de cada vez mais carros elétricos ou pelo menos híbridos plug-in.
As regras introduzidas pela EPA representam uma junção crucial com vistas a 2030, ano em que o presidente Joe Biden gostaria de ver a participação de novos carros híbridos elétricos e plug-in crescer até 50%. Com essa nova regulamentação (e com uma série de incentivos e planos para a disseminação de estações de carregamento), entretanto, a participação de mercado desses carros deve aumentar de 7% para 17%.
Além disso, segundo o estudo da Agência, essas medidas evitarão a emissão de 3,1 milhões de toneladas de CO2 até 2050 com benefícios econômicos diretos para o Estado e para os cidadãos. Estima-se que 190 bilhões de dólares serão economizados devido à possível redução dos efeitos das mudanças climáticas e à melhoria da saúde pública.
Ao dirigir carros mais eficientes, os motoristas poderiam economizar entre US$ 210 bilhões e US$ 420 bilhões apenas em combustível nesse período.
Fonte: New York Times
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