Nesta quarta-feira (4), o vice-presidente, Geraldo Alckmin, tomou posse como ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Durante o discurso, ele defendeu a urgência de reindustrialização do Brasil, mas apoiada em uma nova visão de desenvolvimento econômico, em linha com uma economia verde e sustentável.
O ministro começa o discurso enfatizando que a indústria brasileira precisa urgentemente retomar o seu protagonismo, expandindo a sua participação no Produto Interno Bruto. Ele apresentou dados que mostram que a indústria liderou o crescimento econômico durante boa parte do século XX e até a década de 1980, quando sua participação foi cerca de 20%, sendo reduzido para apenas 11,3% do PIB em 2021.
“É urgente a reversão da desindustrialização precoce no Brasil”, afirmou.
Mais adiante, Alckmin destacou a importância da agenda da sustentabilidade, que é fundamental para o futuro da indústria no país. A nova estrutura do MDIC terá uma Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria.
Ele justifica que, para assegurar a competitividade do produto nacional no comércio mundial, a política industrial brasileira precisa estar em sintonia com as necessidades da sociedade. Nesse ponto, defende que a sustentabilidade é ponto de partida de toda política industrial.
Algumas frentes que serão exploradas no desenho de programas dessa natureza incluem, por exemplo, o complexo industrial da saúde, energias renováveis, hidrogênio verde, mobilidade, como alguns exemplos. São desafios elencados como base para a criação de uma estratégia de política de desenvolvimento industrial.
“A sustentabilidade é ponto de partida de toda a política industrial. Precisamos estar em sintonia com as políticas mundiais”
No começo desta semana, durante a posse como Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também falou sobre indústria, inclusive tocando em questões como economia verde, energia limpa e incentivos para veículos de baixas ou zero emissões.
“Vamos rever desonerações para setores que não precisam de estímulo, dar estímulo a outros setores que precisam florescer no nosso país, como, por exemplo, os setores associados a transição ecológica, produção de energia limpa, produção de carros não poluentes. É isso que o mundo está interessado e é isso que temos a oferecer para o mundo”
Ainda é cedo pra fazer um prognóstico de qual será o nível real de prioridade desses temas no novo governo, mas o alinhamento dos discursos é um bom começo. Além disso, as pautas de descarbonização, energia limpa, economia verde e sustentabilidade começam a ganhar mais espaço no debate oficial.
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