A falta de um plano estratégico para a transição energética é um dos empecilhos para o avanço da mobilidade elétrica no Brasil. E agora, com a mudança de governo, criou-se expectativa de mudança nesse cenário, onde a ABVE enxerga com entusiasmo os primeiros sinais da nova equipe.
O presidente da ABVE, Adalberto Maluf, participou nesta semana, em Brasília, das cerimônias de posse de vários ministros e constatou uma mudança sensível de atitude do novo Governo Federal em relação ao desenvolvimento da indústria da mobilidade elétrica no Brasil.
“A ABVE está muito entusiasmada com as possibilidades de adensamento da cadeia produtiva do transporte de baixa emissão no Brasil a partir de agora, com a instalação de novas indústrias de veículos e a criação de mais empregos de qualidade no país”.
Maluf destacou alguns trechos do discurso do novo ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, na cerimônia de posse no Palácio do Planalto, no dia 4/1, especialmente os que tratam do “esforço de reindustrializar o Brasil”.
Para o executivo, o entendimento mais aberto do governo atual sobre eletromobilidade encontrará a indústria disposta a investir em transporte sustentável e consumidores altamente receptivos aos veículos elétricos e eletrificados.
“a ABVE ficou satisfeita com os primeiros discursos do novo governo e seu compromisso de promover a Economia Verde e ampliar as novas industrias no Brasil”.
Adalberto Maluf destacou a criação, no Ministério do Meio Ambiente, da Secretaria de Bioeconomia e da Secretaria de Gestão Ambiental Urbana e Qualidade Ambiental, que terão papel importante no desenho de novas estratégias de desenvolvimento das políticas de transporte sustentável nas cidades brasileiras.
E ainda mencionou dois trechos do discurso da ministra Marina Silva que considera especialmente importantes para a eletromobilidade:
“Vamos trabalhar juntos com a sociedade civil, empresários, trabalhadores, povos indígenas e tradicionais, artistas, cientistas e governos estaduais e municipais, para reconquistar a credibilidade, a previsibilidade e a estabilidade do país, retomando a confiança dos investidores nacionais e estrangeiros.
“Vamos precisar de muito apoio e investimentos para darmos o salto de qualidade e gerar um novo ciclo de prosperidade, capaz de promover o crescimento econômico com inclusão social e sustentabilidade ambiental. Para além da proteção da Amazônia e demais biomas, vamos promover uma aceleração da transição energética, da agricultura de baixo carbono e de um mercado nacional de carbono regulado”.
Além das falas dos ministros Alckmin e Marina, Haddad, que assumiu a pasta da Fazenda, também sinalizou que vai apoiar o processo de modernização da indústria e da mobilidade que passa pela economia sustentável e verde.
Fonte: ABVE
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