A estratégia da Stellantis para a descarbonização aposta em várias frentes. E o novo movimento é um acordo com a Terrafame da Finlândia para fornecer sulfato de níquel para baterias de carros elétricos. A empresa escandinava é um parceiro importante, porque "gerencia uma das maiores fábricas de químicas de baterias EV do mundo".
O acordo firmado nesta semana trata do fornecimento de sulfato de níquel para uso em baterias de veículos elétricos (EV) a partir de 2025 pelo prazo de cinco anos. Isso dentro da estratégia de rápida transição energética da Stellantis, que cobrirá uma parte significativa das necessidades de níquel sustentável de fontes regionais.
“Este acordo faz parte do fornecimento de matéria-prima chave para atender às nossas necessidades de baterias de veículos eletrificados”, disse o CEO da Stellantis, Carlos Tavares.
Esta iniciativa, entre muitas outras já anunciadas, faz parte do plano estratégico Dare Forward 2030, onde a Stellantis investirá até 30 bilhões de euros para atingir a meta de 100% de participação dos veículos elétricos a bateria (BEV) na Europa e 50% de BEV entre os carros de passeio e veículos comerciais leves nos Estados Unidos até 2030.
Localizada na Finlândia, a Terrafame opera uma das maiores fábricas de químicos para baterias do mundo. Com um processo de produção integrado que começa em sua própria mina e termina com produtos químicos para baterias em uma unidade industrial, a produção da empresa é totalmente rastreável. Além disso, a pegada de carbono do sulfato de níquel produzido pela Terrafame está entre as menores do setor.
A transição energética dentro da Stellantis passa por vários caminhos. Além da criação de uma rede de fornecedores para acelerar a produção de baterias para veículos elétricos, que terão rápido crescimento na participação de mercado, o grupo também investe na tecnologia das células de combustível a hidrogênio, mais voltada para os veículos comerciais.
Esse leque de iniciativas passa ainda pela eletrificação do transporte aéreo, com o desenvolvimento de um eVTOL, retrofit de veículos com motores a combustão e por fim a meta de produzir 1 milhão de veículos elétricos por ano já a partir de 2024. Tudo para atingir o objetivo maior de emissões líquidas zero até 2038.
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