Nissan anuncia linha de propulsores híbridos e elétricos com custo 30% menor
Chamada de 'X-in-1', nova abordagem promete baratear e simplificar a produção de veículos elétricos e híbridos
A Nissan revelou sua nova abordagem para o desenvolvimento de sistemas de propulsão para veículos elétricos e híbridos. Chamada "X-in-1", ela promete trazer economias substanciais de custos, permitindo à montadora japonesa avançar mais rápido com a transição energética de sua linha.
Essa nova unidade de propulsão eletrificada e-Power será até 30% mais barata de produzir. Em linhas gerais, a ideia é ter uma equivalência de preços entre motores a combustão e conjuntos híbridos até 2026. Já os totalmente elétricos devem atingir a paridade de custos um pouco depois, até 2030.
A Nissan entende que a padronização dos sistemas de propulsão e os ganhos em escala são uma das chaves para tornar a mobilidade elétrica mais acessível. Toshihiro Hirai, vice-presidente sênior da Nissan, ressalta que essa tecnologia também permitirá um melhor desempenho, além de reduzir a complexidade mecânica de seus futuros veículos eletrificados.
O executivo ainda confirma que a nova geração de powertrains será bastante flexível, podendo ser aplicado a diferentes tipos de modelos na linha, desde kei cars a veículos de grande porte.
O nome "X-in-1" é porque integra vários módulos na mesma unidade. São duas modalidades: a versão "3 in 1" destina-se aos modelos BEV (motor, inversor e redutor) e o "5 in 1" ao HEV (motor, inversor, gerador, redutor e multiplicador).
Além da redução de custo com a nova geração de motores e sistemas, a Nissan também anunciou que seus próximos motores elétricos usarão menos de 1% das terras raras que foram usadas na primeira geração do LEAF, o que terá um impacto positivo nos custos.
A Nissan tem como objetivo reduzir a sua oferta de propulsores, que hoje é composta por 4 conjuntos eletrificados e 45 a combustão, para apenas 3 eletrificados e 16 a combustão até 2030.
Em outra frente, a montadora japonesa trabalha para finalizar o desenvolvimento das baterias de sólido para os carros elétricos, algo que está previsto para 2028, com a produção em massa acontecendo dois anos depois.
Trata-se de um anúncio importante, afinal a Nissan precisa ampliar suas opções de modelos eletrificados, e sobretudo totalmente elétricos. O Nissan Leaf já sente o peso da idade e o Nissan Ariya (cotado para o Brasil) continua enfrentando dificuldades de produção para acelerar sua introdução no mercado - a maioria dos concorrentes ocidentais já possuem mais opções eletrificadas.
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