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Carros elétricos na faixa de R$ 150 mil: Opção aos SUVs compactos?

Modernos e bem equipados, BYD Dolphin e GWM Ora 03 dão uma amostra da competitividade dos elétricos

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O segmento de carros elétricos teve forte impulso com a chegada de modelos como o BYD Dolphin, que trouxe para a faixa de R$ 150.000 um projeto moderno, boa oferta de equipamentos e alta eficiência, receita seguida pela GWM com o Ora 03, que chegará às lojas em novembro. Mas até que ponto eles podem atrair clientes dos SUVs compactos desse patamar de preços? 

O BYD Dolphin foi lançado no Brasil no final de junho e surpreendeu pelo preço inicial de R$ 149.800. Como sabemos, o carro elétrico da montadora chinesa provocou uma transformação no mercado, afetando diretamente os subcompactos nessa faixa (Renault Kwid E-Tech, JAC e-JS1 e Caoa Chery iCar).

Galeria: Impressões - BYD Dolphin (BR)

Projeto moderno, desenvolvido em plataforma dedicada, bem equipado e com bom nível de eficiência energética, o Dolphin conseguiu quebrar a barreira dos elétricos ao trazer clientes de carros a combustão para a mobilidade elétrica. Prova disso são os números crescentes de vendas: em setembro, o modelo chinês emplacou mais de 1.000 unidades no Brasil, um recorde histórico para os carros elétricos no país. 

Logo em seguida, foi a vez da GWM apresentar o Ora 03, seu primeiro carro elétrico no país, que tem preço a partir de R$ 150 mil e coloca mais lenha na fogueira da transição no segmento automotivo. Com chegada às lojas prevista para o próximo mês, o modelo da GWM tem atributos de sobra para se juntar ao BYD e tornar o jogo ainda mais interessante, sem contar outros lançamentos cotados para o nosso mercado. 

Galeria: GWM Ora 03 (Fotos ao vivo)

Se há poucos meses carros elétricos equipados com certos itens de tecnologia, autonomia decente e projetos modernos era algo reservado a quem poderia pagar mais de R$ 300.000, agora a realidade é outra. Nesse cenário, esses novos elétricos já flertam em preços com o segmento bastante popular dos SUVs compactos, como Jeep Renegade, que na versão Longitude custa mais de R$ 149 mil, ou ainda Chevrolet Tracker Premier (a partir de R$ 147 mil) e Volkswagen T-Cross (R$ 158 mil no modelo Comfortline), apenas para citar alguns exemplos. 

E isso é só o começo de uma rápida mudança onde os carros elétricos tendem a reduzir seu custo e os modelos a combustão se tornarão mais caros no Brasil, isso ampliará as vendas de modelos zero emissão para segmentos mais acessíveis do mercado. Mais adiante, já teremos opções de carros elétricos com preços equiparados aos modelos a combustão de mesmo porte, ao mesmo tempo em que poderemos ver os primeiros elétricos com produção nacional. 

Nesse ponto, a discussão sobre a cobrança de imposto de importação para os carros elétricos e híbridos é uma preocupação e deve ser conduzida com muito cuidado para não atrapalhar e deixar o Brasil para trás em relação ao resto do mundo nesse momento crucial para a transição energética.

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