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"O carro elétrico tem que ser acessível para a população", diz CEO da VW

Ciro Possobom, CEO da VW do Brasil, falou sobre indústria, futuro e transição energética no podcast Motor1

Avaliação Volkswagen ID.4 (BR) (3)2

Em uma conversa bem produtiva no podcast Motor1 Brasil, Ciro Possobom, CEO da Volkswagen Brasil, falou sobre os planos da montadora alemã no país, impostos para carros elétricos, incentivos, reforma tributária e transição energética.

Entre vários assuntos abordados, o número 1 da Volkswagen no país começou respondendo a perguntas acerca da volta do imposto de importação para carros elétricos e híbridos, que foi anunciada no última sexta-feira (10). Ciro explica que o Brasil está em fase de transição energética, mas entende que o mercado elétricos ainda é restrito. Nesse ponto, a montadora precisa de um incentivo para fazer essa mudança e atrair investimento: "se o imposto é zero, não há interesse em produzir aqui"

Galeria: Avaliação: Volkswagen ID.4 Pro (BR)

Ciro destacou a importância da vinda de novas montadoras, e citou os exemplos de BYD e GWM, que irão produzir automóveis por aqui, beneficiando toda a indústria ao trazer novas tecnologias e ampliar o parque de fornecedores. É bom para o mercado, mas todos precisam "jogar com as mesmas regras". Ao aplicar o imposto, o governo motiva a vinda de investimento para o Brasil, conclui.

Questionado se ficaria mais fácil negociar com a matriz a vinda de carros elétricos caso haja imposto, a resposta foi positiva. O executivo disse que isso motiva novas negociações e investimentos no país. Entende que ao longo dos três anos (período do aumento progressivo do imposto) irá incentivar a nacionalização, ampliando o setor. 

Galeria: VW ID.Buzz no Electric Experience 2022

Na transição energética, Ciro fala de um plano global abrangente e investimentos bilionários da montadora alemã: "A Volkswagen é um dos grandes líderes em eletrificação no mundo".

"O carro elétrico tem que ser acessível para a população"

Trazendo o assunto para o Brasil, explica que a estratégia para o nosso mercado será gradual e terá os três tipos de propulsão: combustão, híbridos e elétricos. Inicialmente importados, os carros elétricos terão pouco volume num primeiro momento. Mas eles podem ser produzidos no Brasil, só que mais adiante, com o aumento da demanda. 

"A questão é como a gente adapta essa estratégia global para a nosso realidade"