A BYD, gigante chinesa de veículos elétricos, está sob os holofotes na Europa, mais uma vez. Autoridades francesas, incluindo o Ministro das Finanças Bruno Le Maire, demonstraram interesse em sediar uma fábrica da BYD no país, sinalizando um potencial marco na crescente presença da empresa no continente europeu.
O entusiasmo francês pela BYD não é por acaso. O país busca impulsionar sua indústria automotiva e se posicionar como um polo de inovação em veículos elétricos. A experiência da Toyota com sua fábrica francesa é vista como um exemplo de sucesso a ser seguido.
O mercado de veículos elétricos na Europa segue em expansão, ainda que haja percalços, impulsionado por políticas públicas favoráveis à sustentabilidade e por uma crescente demanda por alternativas ecológicas aos combustíveis fósseis. No entanto, essa ascensão também gera tensões comerciais, com a União Europeia investigando possíveis subsídios chineses e considerando a elevação das tarifas de importação de EVs provenientes da China.
A BYD, por sua vez, reconhecendo o potencial da Europa, traçou planos ambiciosos para sua expansão no continente. A empresa já tem uma fábrica em construção na Hungria, programada para iniciar operações em 2026 com capacidade inicial de 150.000 unidades anuais, com potencial para expansão para 300.000 veículos por ano. Essa iniciativa demonstra a confiança da BYD em seu potencial no mercado europeu e sua determinação em se tornar um player global significativo.
A entrada da BYD na Europa não é um caso isolado. Outras montadoras chinesas, como Chery, GWM e Leapmotor, também estão buscando oportunidades no continente. A Chery planeja iniciar a produção de seus veículos Omoda na antiga fábrica da Nissan em Barcelona este ano, enquanto a Leapmotor, parcialmente detida pela Stellantis, explora a possibilidade de construir seus carros em uma das fábricas europeias da empresa.
Independentemente de uma futura confirmação oficial, ou não, sobre a fábrica da BYD na França, o movimento de expansão global das marcas chinesas é irreversível. A potência asiática tem uma capacidade produtiva colossal que não está sendo totalmente absorvida pelo mercado interno e se esforça cada vez mais para exportar isso mundo afora.
Fonte: Automotive News
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