A Volvo reduziu sua previsão de vendas de carros elétricos para 2024, citando tarifas impostas pela União Europeia (UE) sobre veículos importados da China. A medida afeta a produção do EX30, SUV compacto elétrico que é o terceiro elétrico mais vendido na Europa, atrás apenas dos modelos Tesla Model Y e Model 3.
Apesar de ter superado as estimativas de lucro operacional do segundo trimestre, a Volvo enfrenta o impacto da guerra comercial entre a UE e a China no setor de veículos elétricos. Como a Volvo é controlada pela chinesa Geely e produz alguns modelos elétricos na China, a empresa corre o risco de sofrer com as tarifas impostas pelo bloco europeu, que podem chegar a 37,6%.
Volvo EX90 entra em produção
A União Europeia ainda não tomou uma decisão final sobre as tarifas, que são preliminares por enquanto. No entanto, o cenário já afeta a expansão da Volvo. Em junho, a empresa adiou o envio do EX30 para os Estados Unidos devido a taxas alfandegárias impostas pelo governo americano.
Para contornar as barreiras comerciais, a Volvo planeja iniciar a produção do EX30 na Bélgica, na fábrica de Ghent, no primeiro semestre de 2025. A empresa já iniciou a produção americana do SUV elétrico EX90 na Carolina do Sul, com entregas previstas para o terceiro trimestre deste ano.
O mercado de carros elétricos enfrenta um período de desaceleração, com a demanda ficando atrás do ritmo de investimento em capacidade de produção e novas tecnologias. A Volvo ajustou sua previsão de crescimento de vendas para 12% a 15%, refletindo esse cenário. "É importante deixar claro para o mercado que ainda haverá crescimento, apesar dos ventos contrários", afirmou o CEO Jim Rowan, à Reuters. "A principal razão para o ajuste é a questão das tarifas."
No Brasil, o EX30 foi lançado recentemente com a missão de dobrar as vendas totais da marca até o final de 2024. No momento, o SUV elétrico compacto é o terceiro mais vendido entre os elétricos.
Apesar da queda na demanda, a Volvo produziu 211.900 carros no segundo trimestre, superando o número de vendas. No entanto, o lucro operacional da empresa sueca, que inclui sua participação na Polestar (marca que ainda não dá lucro), aumentou para 8 bilhões de coroas suecas (cerca de US$ 758 milhões), superando a expectativa de analistas.
Fonte: Automotive News
RECOMENDADO PARA VOCÊ
"Ele não sabe fazer baterias": diretor da CATL critica Elon Musk
Donos de elétricos serão convocados para ajudar em desastres na Austrália
BYD ampliará investimentos para acelerar construção de fábrica na Bahia
Leapmotor bate recorde no 3º trimestre e mira 250 mil veículos em 2024
Electric Days: Energy Source já trabalha com montadoras reparo de baterias
Renault: os próximos carros elétricos da marca serão supereficientes
Leapmotor desiste de produzir na Polônia e foca na Alemanha ou Eslováquia