China responde por 67% das vendas globais de elétricos e híbridos plug-in
De janeiro a agosto de 2024 foram vendidos mais de 9,3 milhões de eletrificados plug-in no mundo todo
Em 2024, as vendas globais de veículos atingiram 58,24 milhões de unidades até agosto, com os veículos elétricos e híbridos (NEVs) representando 16,1% do total. A China dominou o mercado de NEVs, com 67% das vendas globais até agosto, chegando a 73% entre julho e agosto. Elétricos puros (BEVs) e híbridos plug-in (PHEVs) concentraram 10,4% e 5,7% do mercado, respectivamente.
Carros elétricos (BEV)
A participação da China no mercado global de veículos elétricos puros apresentou flutuações nos últimos anos. Entre 2017 e 2018, a China detinha cerca de 60% do mercado, mas em 2020 essa fatia diminuiu para 48%. A partir de 2021, no entanto, houve uma recuperação expressiva, com a participação chinesa saltando para 65% em 2022 e estabilizando-se em torno de 62% em 2023 e nos primeiros oito meses de 2024, consolidando seu domínio global nesse segmento.
Paralelamente, as montadoras chinesas têm ampliado significativamente sua presença no mercado global de veículos elétricos a bateria. A BYD, líder do setor na China, viu sua participação global crescer de forma consistente, passando de 7% entre 2017 e 2021 para 18,5% em 2024. A Geely, outra grande fabricante chinesa, também expandiu sua participação, saltando de 4% em 2019 para 8% em 2024.
Híbridos Plug-in (PHEV)
O mercado global de híbridos plug-in também tem apresentado mudanças significativas nos últimos anos, com a China dominando o setor. Em 2019, a China detinha 41,9% da participação global, mas essa porcentagem caiu para 24,6% em 2020. No entanto, a partir de 2021, houve uma recuperação notável, com a China alcançando 55,5% de participação em 2022 e 68,9% em 2023.
Fabricação do Polestar 4 na China
Em 2024, a liderança da China no mercado de híbridos plug-in continuou a crescer, atingindo 77% nos primeiros oito meses do ano. No terceiro trimestre, a participação chinesa chegou a impressionantes 82,8%. Em comparação, outros mercados como Alemanha e Japão tiveram desempenhos bem menores. A Alemanha, que chegou a ter 25,6% de participação em 2020, caiu para apenas 2,6% no terceiro trimestre de 2024. Já o Japão, que teve uma participação relativamente estável, manteve-se em torno de 1,1%.
Híbridos (HEV)
No mercado global de híbridos convencionais, a China também tem mostrado um crescimento consistente ao longo dos anos, com a participação subindo de 11,9% em 2019 para 22,5% em 2022. No entanto, em 2023, essa participação caiu para 17,5%, mas começou a se recuperar em 2024, atingindo 18,2% no terceiro trimestre. A Alemanha e a Coreia do Sul mantiveram participações menores nesse mercado, com a Alemanha alcançando 3,6% e a Coreia do Sul, 3,4%, no mesmo período. O Japão, embora ainda seja um dos principais mercados de híbridos, tem visto sua participação cair nos últimos anos, passando de 44,3% em 2019 para 23,7% no terceiro trimestre de 2024.
Participação de Veículos de Novas Energias
A taxa global de participação de veículos eletrificados plug-in (BEV+PHEV) tem mostrado uma tendência de crescimento acelerado nos últimos anos. Em 2022, essa taxa foi de 13%, subindo para 16% em 2023. Embora tenha registrado uma ligeira queda no início de 2024, com 15% no primeiro trimestre, a penetração voltou a crescer no segundo trimestre, alcançando 18,5%. No acumulado dos primeiros oito meses de 2024, a taxa global foi de 16,9%.
A China se destacou mais uma vez, com uma taxa de penetração de veículos de energia nova de 36,4% nesse período. Outros países como Alemanha (16%) e Noruega (60,6%) também apresentaram taxas significativas, enquanto mercados como os Estados Unidos (9%) e Japão (3%) ainda estão em estágios iniciais de adoção de veículos eletrificados.
Conclusão
A liderança da China no mercado global de veículos de novas energias é clara e crescente. Montadoras como BYD e Geely estão desempenhando papéis-chave nessa transformação, aumentando suas presenças no mercado global. Embora outros países também estejam avançando na adoção de veículos de energia nova, a potência asiática continua a ser o principal motor dessa revolução.
Fonte: CarNewsChina
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