A expectativa de vendas de veículos eletrificados no Brasil para 2024 subiu para mais de 160 mil unidades, segundo informações divulgadas pela ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico). A previsão inicial, que estimava a comercialização de 150.000 veículos elétricos e híbridos ao longo do ano, deverá ser superada já no próximo mês.
Ricardo Bastos, presidente da ABVE, anunciou a nova estimativa durante a cerimônia de abertura do E-MOB – Salão da Mobilidade Verde & Cidades Inteligentes e do C-MOVE – Congresso da Mobilidade Verde e Veículos Elétricos, em São Paulo. Ele destacou que o aumento nas vendas representa um forte crescimento de 70% em relação aos 93.927 veículos eletrificados emplacados no ano anterior.
O E-MOB, que ocorre até o dia 24 de outubro no São Paulo Expo, reúne inovações no mercado de veículos elétricos, híbridos, baterias e soluções de recarga. O evento conta com a presença de grandes marcas e oferece aos visitantes a oportunidade de testar diferentes modalidades de veículos eletrificados. Além disso, o C-MOVE promove debates e palestras sobre o futuro da mobilidade elétrica, com destaque para discussões sobre segurança em operações de recarga de veículos em edifícios.
Segundo a ABVE, em setembro de 2024 foram vendidos 13.265 carros de novas energias no país, consolidando um ano de evolução significativa, impulsionado também pelo desenvolvimento da infraestrutura de recarga pública, que ultrapassou 10 mil eletropostos em agosto.
Eletrificados devem ser maioria em 2030
Com base no estudo "Avançando nos Caminhos da Descarbonização Automotiva no Brasil", desenvolvido pela ANFAVEA em parceria com o Boston Consulting Group (BCG) e entregue ao Governo Federal na semana passada, as previsões de crescimento do setor indicam que os veículos eletrificados aumentarão rapidamente sua participação nas vendas totais.
De acordo com a previsão baseada em um cenário favorável, os veículos eletrificados de todos os tipos (BEV, PHEV, HEV e MHEV) representarão mais de metade das vendas totais, com 1,5 milhão de emplacamentos anuais até 2030, avançando para impressionantes 90% de participação até 2040.
Veja também: