A Mercedes-Benz avança em seu plano de transição energética para veículos comerciais, iniciando em 2025 os testes em clientes com seus caminhões elétricos à bateria. Os modelos incluídos no portfólio global da Daimler Truck incluem o Mercedes-Benz eActros, projetado para operações interurbanas de cargas médias e pesadas, e o FUSO eCanter, um caminhão leve voltado para aplicações urbanas. Ambos os veículos foram destaque na Fenatran 2024, a maior feira de caminhões da América Latina, realizada em São Paulo.
Para os testes dos caminhões elétricos no Brasil, a Mercedes-Benz conta com a parceria de empresas como Braspress, Coca-Cola Femsa Brasil, Expresso Nepomuceno, RD Saúde, Suzano, AGL, Marimex e Ypê. Essas empresas usarão os veículos em suas rotinas operacionais, permitindo que a marca colete dados reais sobre a viabilidade e o desempenho dos modelos em diferentes setores e aplicações.
Produzido na Alemanha, o eActros pode ser utilizado para o transporte de móveis, alimentos, eletrodomésticos e outras cargas pesadas em operações interurbanas. Os modelos disponíveis para testes incluem o eActros 300 e 400, equipados com três a quatro baterias que oferecem autonomia entre 220 e 400 km. Com capacidade de recarga rápida em até 1h15, o eActros utiliza baterias NMC (níquel, manganês e cobalto) e conta com avançadas tecnologias de segurança, como MirrorCam, freio regenerativo e sistema de assistência à frenagem.
Voltado para operações urbanas, o FUSO eCanter, fabricado no Japão e em Portugal, pode ser aplicado no transporte de carga seca, compactadores de lixo e até guinchos. Com PBT de até 8,5 toneladas, o caminhão leve possui baterias de 82 a 124 kWh, garantindo uma autonomia de 140 a 200 km. Seu design compacto e sistema de regeneração de energia aumentam a eficiência em ambiente urbano e a recarga rápida pode ser realizada em apenas 30 minutos a 1h10.
Achim Puchert, presidente da Mercedes-Benz do Brasil, reforça que a empresa busca liderar a transição para o transporte sustentável no país, com o objetivo de disponibilizar um portfólio de caminhões zero emissão em todos os segmentos até 2030. Para isso, o trabalho colaborativo com os clientes e a infraestrutura pública de recarga são essenciais.
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