Durante participação na edição deste ano do Electric Days, a BorgWarner (fornecedora norte-americana de componentes para indústria automotiva e mobilidade elétrica) anunciou importantes planos para os próximos no Brasil. De acordo com o diretor Marcelo Rezende, a empresa acompanha de perto o desenvolvimento do mercado nacional de carros elétricos e avalia investimentos para o setor tanto no segmento de carregadores quanto de baterias.
Segundo Rezende, a ideia é seguir a estratégia da empresa já aplicada na China, Europa e Estados Unidos e passar a produzir no Brasil carregadores estacionários de alta potência e corrente contínua. As soluções de recarga DC possuem uma faixa de potência escalável de 120 kW até 600 kW, dependendo do caso, e podem garantir carga completa em apenas 30 minutos. O investimento depende da evolução do nosso mercado.
O executivo falou ainda sobre a importância da reciclagem de baterias e adiantou que também há planos de investimentos nesse sentido para o Brasil. Na Europa, a empresa já explora o segundo ciclo de vida desses componentes e garante pelo menos mais 10 anos de uso em bancos de energia e outros setores. Após esse período, os minerais usados na composição são retirados e destinados à outras aplicações. "Essa economia circular nós já temos lá fora e planejamos trazer também para o Brasil", disse.
Hoje, a BorgWarner produz em sua planta localizada em Piracicaba (SP) o sistema de gerenciamento da bateria (BMS), os módulos de conexão entre as baterias (Junction box), a unidade de recarga de corrente direta (DCCU) e a unidade eletrônica de controle (EDCU). Há planos também para produção de células, hoje importadas, e formação de cadeia completa de fabricação de baterias no Brasil.
No mercado internacional, a empresa estreou recentemente baterias de fosfato de ferro-lítio (LFP) desenvolvidas em colaboração com a FinDreams Battery (subsidiária da BYD). O acordo firmado prevê que a empresa norte-americana será o único fabricante não OEM com direitos para localizar baterias LFP para veículos comerciais utilizando células Blade na Europa, nas Américas e em regiões da Ásia-Pacífico.
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