Após meses de negociações tensas, a China e a União Europeia parecem próximas de um consenso técnico sobre as tarifas para carros elétricos produzidos no país asiático. De acordo com um relatório da Bloomberg, as duas partes concordaram em estabelecer preços mínimos e controle sobre o volume de exportações.
No entanto, as negociações ainda não foram concluídas e devem continuar nas próximas semanas. Além disso, a China apresentou uma requisição à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as tarifas europeias. O governo chinês considera que a decisão da União Europeia "carece de base fática e legal" e viola as regras da OMC. Em resposta, a China iniciou investigações contra produtos europeus, como vinhos, carne de porco e produtos lácteos, em uma movimentação que preocupou as autoridades da UE.
A votação para aprovar as novas tarifas ocorreu em outubro, com 10 países votando a favor, 5 contra e 12 se abstendo. A decisão já teve consequências, com a chinesa Leapmotor, marca pertencente ao grupo Stellantis, decidindo não montar seus veículos na Polônia e começando a olhar para mercados como Alemanha e Hungria, que não apoiaram o aumento das tarifas.
BYD Seal (Europa)
Para evitar essas tarifas, as fabricantes chinesas estão expandindo sua capacidade de produção fora da China. Empresas como BYD, Chery, Changan, GAC e SAIC anunciaram 10 novos projetos ou expansões de plantas no exterior. A China propôs estabelecer tarifas mínimas de 30.000 euros (R$ 183.243), enquanto a União Europeia tem como meta tarifas entre 35.000-40.000 euros (R$ 213.783 a R$ 244.324).
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