VW: dados de localização de 800.000 elétricos vazam na Europa

Não há indícios de que alguém tenha acessado as informações antes que o provedor de software da VW, corrigisse vulnerabilidade

Por: Anthony Alaniz

Traduzido por: Thomas Tironi

30 Dezembro 2024 em 09:25

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Uma falha de segurança da empresa de software Cariad deixou os dados de localização de 800.000 carros elétricos do Grupo VW na Europa expostos na Internet aberta por vários meses, segundo um novo relatório. Um denunciante informou à Spiegel, agência de notícias alemã, e uma associação de hackers europeus sobre a vulnerabilidade, que vinculava as informações a outros detalhes pessoais, como o nome do proprietário.

A falha de segurança permitiu que a publicação rastreasse a localização de dois políticos alemães com uma precisão alarmante, com os dados colocando um membro do Comitê de Defesa Alemão na casa de repouso de seu pai e no quartel militar do país. A Spiegel também traçou o perfil de uma prefeita, com seu carro coletando seus movimentos desde a prefeitura onde ela trabalhava até seu fisioterapeuta. Foram encontrados dados de carros da Volkswagen, Audi, SEAT e Skoda, além de dados incrivelmente detalhados sobre os proprietários de VW ID.3 e ID.4.

Volkswagen ID.3 GTX 2024

A publicação afirma ainda ter encontrado vários terabytes de dados acessíveis no armazenamento em nuvem da Amazon, incluindo a localização precisa de 460.000 veículos que poderiam permitir tirar conclusões sobre a vida dos proprietários dos veículos.

Foram encontradas informações sobre os 35 carros elétricos da frota do departamento de polícia de Hamburgo, outros políticos, líderes empresariais, funcionários dos Serviços Inteligentes Federais e motoristas da Base Aérea de Ramstein da Força Aérea dos Estados Unidos.

Volkswagen ID.4 2024

O grupo de hackers, chamado de Chaos Computer Club, informou a Cariad sobre a vulnerabilidade, que rapidamente corrigiu o problema. A Cariad disse à Spiegel que a vulnerabilidade foi uma "configuração incorreta" e que a empresa não mescla dados que permitiriam a criação de um perfil sobre uma pessoa. De acordo com a empresa, os pesquisadores tiveram que combinar diferentes conjuntos de dados "contornando vários mecanismos de segurança". Ela também disse que não tem conhecimento de ninguém que tenha acessado os dados além dela própria.