GWM Ora 03 Skin: como anda a versão de R$ 150 mil do compacto elétrico
Apesar da bateria menor, ainda tem boa autonomia e pacote completo de assistentes
Existe uma briga particular entre GWM e BYD. A dupla de marcas chinesas brigam pelos compradores dispostos a já apostar nas novatas principalmente entre os eletrificados. E como a BYD fez seu nome com o Dolphin, a GWM vai jogar com o Ora 03, principalmente na versão Skin, a de R$ 150 mil que chegou justamente para brigar com o Dolphin.
Por R$ 34 mil a menos que o GWM Ora 03 GT, ainda oferece um bom pacote de equipamentos, o mesmo motor de 171 cv, mas com um conjunto de baterias menor, de 48 kWh, um pouco menor que os 63 kWh do GT. Tivemos um contato rápido, urbano e quase parado no trânsito de São Paulo (SP) com o Ora 03 Skin e, ao menos por enquanto, é uma boa opção.
O que é o Ora 03 Skin?
A versão de entrada do Ora 03 se difere da GT pelo bodykit mais conservador, mas mantém pontos que o marcam, como os faróis redondos em LEDs e a lanterna traseira no vidro, um aspecto polêmico do hatch. Com 4.235 mm, é maior que um Onix e está mais próximo de um VW T-Cross, por exemplo. Seus 2.650 mm de entre-eixos é quase o mesmo de um Virtus, a grande vantagem de um carro elétrico no aproveitamento interno.
O Ora 03 Skin perde alguns equipamentos na comparação com o GT, como o teto-solar panorâmico, banco do motorista com ajustes elétricos, porta-malas com acionamento elétrico e espelho interno fotocrômico, por exemplo. A grande diferença está na bateria, que é de 48 kWh no lugar da de 63 kWh do GT - uma autonomia de 232 km pelo Inmetro, enquanto o GT tem 319 km.
O Ora 03 Skin mantém o mesmo motor no eixo dianteiro, com 171 cv e 25,5 kgfm de torque, com 0 a 100 km/h declarado de 8,2 segundos. A recarga é feita em até 11 kW em AC e 64 kW em DC - o GT chega a 67 kW.
Como anda o Ora 03 Skin?
Mesmo no papel de versão de entrada, o Ora 03 Skin conserva o bom acabamento e a boa lista de equipamentos de segurança e conforto. Visualmente, até mesmo as rodas de 18" estão ali, com outro desenho, não deixa o hatch com cara de empobrecido, afinal ainda é um carro de R$ 150 mil.
O trajeto escolhido pela GWM era basicamente de trânsito em São Paulo. Destacou o conforto ao volante, apesar de uma posição levemente deslocada, e o ajuste da suspensão que remete a modelos europeus, não tão focado no conforto e sem batidas secas. O volante é grande, o que tira um pouco do brilho, assim como aconteceu com o Haval H6.
Na cidade, a disposição de torque imediato ajuda nas saídas e retomadas. No painel, o carro com 3/4 da bateria apresentava cerca de 280 km de autonomia, com ar-condicionado ligado, o que indica que o número indicado pelo Inmetro é facilmente ultrapassado. No mais, ao menos foi bom perceber que ele tem um bom isolamento acústico, espelhamento de smartphones e bons bancos e espaço interno.
O fato é que o GWM Ora 03 Skin trouxe a qualidade que conhecemos dos elétricos europeus para uma faixa de preço mais baixa e, ao lado do BYD Dolphin, movimentaram o mercado. Não terem tirado o pacote de assistências é um ponto de destaque, mas isso só veremos em um teste completo, onde ele poderá demonstrar todas as suas qualidades (e defeitos) em um uso mais completo. E sim, eu economizaria os R$ 34 mil na comparação com o GT.
RECOMENDADO PARA VOCÊ
GWM reafirma aposta no Brasil, com planos de exportação e investimentos
Tesla Model Y reestilizado começa a ser produzido em janeiro de 2025
Ora 03 ganha edição especial com visual exclusivo na China
CATL lança sistema Choco de troca rápida de baterias para carros elétricos
Fabricante de baterias da GWM encerra operações e projetos na Europa
Stellantis, Hyundai e Mercedes-Benz iniciam testes com bateria sólida
GWM expande rede de carregamento rápido em parceria com Iguatemi