Ter o Renault Kwid E-Tech por aqui criou uma competição interna. Em nosso grupo de WhatsApp, se tornaram comuns as fotos com o consumo do elétrico, sempre procurando bater o melhor número até então - estamos em 10,8 km/kWh neste momento, ou uma autonomia de 270 km com uma carga na bateria de 25 kWh úteis (26,8 kWh brutos).
Na minha rodada, coloquei o Kwid E-Tech em nosso circuito padrão de testes. Sempre com ar-condicionado, deu para perceber o que interfere na autonomia de um carro elétrico, principalmente com uma potência menor e uma proposta mais urbana, como o Renault Kwid E-Tech. Adianto que não cheguei aos números do pessoal da nossa redação, mas não fiquei muito longe.
Já estamos acostumados a ter números de autonomia melhores que os declarados pelo Inmetro. No Kwid E-Tech, dos declarados 185 km, registramos 235 km, com uma média de 9,4 km/kWh, dentro do circuito de testes do Motor1.com/InsideEVs Brasil. Pode parecer pouco, mas há uma vantagem ao ter uma bateria relativamente pequena.
O Kwid elétrico pode ser recarregado desde em uma tomada de 220V com o carregador que vem com o carro, até carregadores rápidos públicos. A capacidade em AC é de até 7,4 kW, a potência que encontramos em boa parte dos wallbox, até os 30 kW em DC, número que facilmente ele chega com os carregadores mais modernos que começam a chegar ao país.
Como a bateria é pequena, tem um tempo de recarga baixo e um valor por quilômetro rodado também atraente - em um carregador que cobra R$ 1,80/kWh, que não é o mais barato, custa menos de R$ 0,20/km. Esse valor fica ainda menor se fizer a recarga em casa, sem o valor extra cobrado pelas empresas que administram os pontos de recarga.
O Kwid elétrico tem 65 cv e 11,5 kgfm. É um motor que não tem muita potência, mas vai bem pela disponibilidade de força a qualquer momento. Só que, como acontece neste segmento, sofre bastante com variações do dia a dia. Cheguei a números melhores de autonomia, mas em situações de tráfego pesado e velocidades mais baixas. Basta encontrar uma região com mais subidas ou vias expressas que esse número piora mais do que em um carro a combustão, por exemplo.
E aqui que vem a competição interna de nossa redação. São trajetos e regiões diferentes de uso, com a jogada de cada um para melhorar esse número, desde abrir mão do ar-condicionado até deixar o carro rolar mais tempo sozinho, sem aceleração, e aproveitando mais a regeneração. Isso vai para quem tem um carro elétrico, que acaba achando as melhores situações para aumentar a autonomia.
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