Enquanto a Volkswagen ainda testa o terreno no Brasil para carros eletrificados com o lançamento do Golf GTE, sua divisão de Caminhões e Ônibus já entra de cabeça no segmento, anunciando um investimento de R$ 110,8 milhões na fábrica em Resende (RJ). O aporte será usado para adaptar o complexo para a montagem do e-Delivery, caminhão totalmente elétrico que começará a ser fabricado em 2020, além do processo de pesquisa e desenvolvimento do produto.
Galeria: Volkswagen e-Delivery
Apresentado em 2017, o Volkswagen e-Delivery foi criado pela divisão brasileira da VW Caminhões e Ônibus, e desde então roda em testes pelo país em parceria com a Ambev. Após os resultados positivos com o modelo, a fabricante trabalha para fazer os últimos ajustes e iniciar a produção em massa. Será feito na modalidade e-Consórcio, em que a fabricante divide espaço na empresa com vários fornecedores, cada um cuidando de um aspecto do veículo. Por exemplo, a Moura e a CATL irão fornecer e instalar as baterias, enquanto a Siemens cuidará dos carregadores.
“Estamos muito avançados no desenvolvimento do nosso portfólio elétrico. Alcançamos uma grande maturidade com o conceito modular para elétricos, o que vai nos possibilitar entregar o desempenho operacional exigido pelos nossos clientes”, afirma Roberto Cortes, presidente e CEO da VW Caminhões e Ônibus. “A fase agora foca na validação estrutural, de durabilidade e outros requisitos funcionais para, então, expandirmos nossos testes em parceria com clientes.”
O e-Delivery será oferecido nas versões de 11 e 14 toneladas, ambas com um motor elétrico de 272 cv. Em outubro a Volkswagen revelou a variante de 4 toneladas, que usa um motor de 115 cv. Todas as versões têm cerca de 200 km de autonomia, sem contar a regeneração dos freios. São modelos feitos para transporte nos centros urbanos e, no máximo, regiões próximas, embora a VW acredite que algumas empresas aproveitarão seus centros de distribuição também como ponto de recarga para viagens mais longas.
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Em um segundo momento a Volkswagen iniciará a produção do Volksbus e-Flex, um ônibus híbrido que utiliza o motor 1.4 TSI flex (ou a versão 1.4 TGI a gás natural) como gerador de energia para as baterias, enquanto um motor elétrico movimenta as rodas. Ainda está em fase de testes e não tem data para lançamento definida, já que a prioridade é do e-Delivery.