Pouco a pouco vão surgindo novas iniciativas em termos de mobilidade elétrica no Brasil. E nesta semana a notícia é que a antiga FNM (Fábrica Nacional de Motores) está de volta após mais de quatro décadas fora do mercado. Agora batizada de Fábrica Nacional de Mobilidades, a empresa irá produzir caminhões elétricos em parceria com a Agrale e outros parceiros.
Inicialmente o plano da nova empresa é atender a demanda dos centros urbanos com os chamados os VUCs, oferecendo duas versões do caminhão elétrico: 13 e 18 toneladas de peso bruto total. Uma característica interessante é que a cabine produzida em fibra de vidro terá visual inspirado nos antigos caminhões da marca, também chamada de "Fenemê".
Apesar do visual retrô, o novo FNM será um caminhão de última geração: ele terá tablet conectado com a TI operacional e sistemas de logística, câmeras anticolisão com inteligência artificial, sistema de mudança de faixa e alertas ao motorista além de "estar pronto para se tornar um caminhão autônomo no futuro", de acordo com Marco Aurelio Rozo, diretor de TI da empresa.
O motor elétrico terá um sistema de 650 volts e potência equivalente a 355 cv enquanto a autonomia informada é de 130 quilômetros, confirmando a vocação urbana. A produção dos caminhões elétricos será realizada na fábrica da Agrale em Caxias do Sul (RS). No local, há uma área exclusiva para a produção da FNM, que ainda irá importar componentes como baterias, motores e sistema digital dos Estados Unidos.
Esta iniciativa envolve vários parceiros (nem todos ainda revelados), incluindo os irmãos e empresários de Caxias do Sul (RS) José Antonio Severo Martins e Alberto Martins e também a Agrale.
A produção terá início até o fim do ano e as entregas estão previstas para o início de 2021. A FNM não terá rede de concessionárias, com as vendas sendo realizadas diretamente da empresa para o comprador.
A FNM foi a primeira fábrica de veículos brasileiros, sediada em Xerém, em Duque de Caxias (RJ). A empresa começou a produzir motores para aviação em 1942, passando a fabricar caminhões a partir de 1949. Dois anos depois, em 1951, iniciou uma parceria com a Alfa Romeo, que durou até 1977, quando a empresa foi vendida para a Fiat. Pouco tempo depois a produção de caminhões passaria para a marca italiana.
Fonte: GZH
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