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Multinacional já produz níquel para baterias de carros elétricos na Bahia

Grupo britânico é o único no país a produzir o níquel sulfetado para exportação

Nissan Leaf - Brasil

Enquanto a Vale, uma empresa brasileira, segue em negociações para o fornecimento de níquel para empresas como a Tesla, entre outras montadoras, a Atlantic Nickel, uma mineradora britânica, já está produzindo o níquel sulfetado, que é utilizado na fabricação de baterias para carros elétricos, aqui no Brasil. 

Com atividades concentradas em Itagibá, no sul da Bahia, a multinacional é a única empresa no país a produzir o níquel sulfetado (que passa por um processo de refino). A empresa emprega 1.500 funcionários e sua produção é destinada a exportação, principalmente para mercados como Europa e China. 

CATL: densidade de energia de 300 WH/kg no nível da célula da bateria

“A indústria da mineração é que vai viabilizar que todos nós tenhamos um futuro melhor. Viver em um mundo com menos emissões de gases de efeito estufa, onde as coisas são mais eficientes. O níquel é um metal essencial para a indústria de baterias elétricas. O carro elétrico hoje é o que, obviamente, chama mais atenção pela utilização de baterias, mas tudo ao nosso redor tem bateria, e na Europa, na América do Norte, a gente também começa a ver uma tendência muito forte de eletrificação nas casas, nos lares”, defende o CEO da Appian Capital Brasil, Paulo Castellari.

Atualmente, o níquel ainda é fundamental para as baterias e sua maior ou menor quantidade é responsável pela densidade de energia do componente, um fator que impacta diretamente na autonomia. No entanto, embora ainda haja uma certa 'corrida' pelo metal e até aumento na sua proporção nas baterias, a tendência é que no futuro elas sejam menos dependentes desses metais. 

Nesse sentido, a gigante produtora de baterias CATL afirma estar trabalhando em uma tecnologia totalmente nova, que dispensará o uso de metais caros, como os encontrados nas células de NCA (níquel-cobalto-alumínio), NCM (níquel-cobalto-magnésio) e LFP (Fosfato de lítio e ferro).

Mas isso ainda deve levar um tempo, e até lá o níquel seguirá com seu papel dentro da mobilidade elétrica, com o Brasil podendo, no futuro, assumir um lugar de destaque nessa cadeia produtiva que será vital para a transição energética. 

Fonte: Notícia Sustentável

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