Parece que a preocupação de Elon Musk sobre o fornecimento de níquel em grande quantidade pode estar perto do fim. A Tesla e a canadense Giga Metals estão próximas de chegar a um acordo sobre o fornecimento do metal para a produção de baterias para os carros elétricos da marca, informa a agência Reuters, citando três fontes anônimas familiarizadas com as negociações.
Oficialmente, as partes não comentaram essas informações. No entanto, depois que a agência publicou a notícia, as ações da Giga Metals dobraram de preço e a empresa teve que emitir um comunicado no qual não negava diretamente as negociações com a Tesla, mas afirmou que nenhum acordo havia sido alcançado ainda.
No início deste verão (inverno no hemisfério sul), o CEO da Tesla, disse que muito níquel seria necessário para produzir as novas baterias e que ele estava pronto para assinar um contrato de vários anos por um "valor gigantesco". Ao mesmo tempo, Musk estabeleceu a condição de que a escolha fosse feita em favor do fornecedor que, ao minerar níquel, tivesse preocupação ambiental.
Parece que foi este último foi o motivo da escolha pela Giga Metals. A canadense promete usar energia exclusivamente de hidrelétricas no desenvolvimento de um campo no estado da Colúmbia Britânica, que não emite dióxido de carbono da atmosfera.
Curiosamente, a Giga Metals é essencialmente uma startup que ainda não começou a minerar. Além disso, a Tesla deve financiar o início do desenvolvimento do próprio depósito de níquel e cobalto. A empresa canadense precisa de cerca de US$ 1 bilhão para implementar este projeto.
Assim como as outras grandes mineradoras mundiais, a Vale também está de olho neste ramo. Recentemente, Mark Travers, diretor de Metais Básicos, disse em entrevista ao OGlobo que a companhia produz matérias primas como níquel, cobalto e cobre, e que pode contribuir para iniciativas de energia limpa, incluindo a produção de baterias para veículos elétricos, infraestrutura de armazenamento de energia e renováveis.
O executivo também destacou que a mineradora multinacional brasileira pretende se tornar carbono neutro até 2050 e que irá investir US$ 2 bilhões em projetos com essa finalidade nos próximos anos.
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