A LG fez o anúncio oficial de que irá encerrar de forma definitiva a produção celulares. O comunicado da saída deste mercado foi feito pela matriz da LG na Coreia do Sul, que pretende encerrar a produção global até o dia 31 de julho.
Esta é uma decisão que também afeta o Brasil, onde a empresa possui duas fábricas, uma em Manaus (AM) e outra em Taubaté (SP), local onde são produzidos os celulares - a principal justificativa do grupo coreano foi o prejuízo de mais de US$ 4 bilhões ao longo de 23 trimestres.
Mas para os observadores da indústria, esta notícia não chega a ser surpreendente, principalmente pela dificuldade da coreana em acompanhar os principais rivais nesse segmento. No entanto, a LG diz que a decisão de desistir dos smartphones é um movimento estratégico que permitirá à empresa se concentrar em outros segmentos e isso naturalmente inclui a indústria automotiva:
"A decisão estratégica da LG de sair do setor de telefonia móvel incrivelmente competitivo permitirá que a empresa concentre recursos em áreas de crescimento, como componentes de veículos elétricos, dispositivos conectados, casas inteligentes, robótica, inteligência artificial e soluções business-to-business, bem como plataformas e serviços".
Essa é uma decisão que faz muito sentido, uma vez que a LG vem investindo cada vez mais em soluções para carros elétricos nos últimos anos, principalmente no ramo da produção de baterias, o maior filão do mundo da eletrificação.
E um bom exemplo disso é a LG Chem, uma das maiores fabricantes de baterias do mundo. Uma empresa que iniciou suas atividades há 22 anos e atualmente equipa diversos veículos elétricos com suas baterias de íons de lítio - este segmento terá um crescimento exponencial de demanda nos próximos anos.
Além das baterias, a LG também produz monitores e câmeras, entre outros componentes para automóveis. Aumentar a aposta nos veículos elétricos no momento em que o todo o mercado está se movendo nessa direção é a coisa certa a fazer. Não custa lembrar que gigantes da tecnologia como Huawei, Xiaomi e Apple também estão investindo pesado em carros elétricos, softwares e plataformas.
Siga o InsideEVs Brasil no Twitter
Siga o InsideEVs Brasil no Facebook
Siga o InsideEVs Brasil no Instagram
Fonte: Autoevolution
RECOMENDADO PARA VOCÊ
Nissan e Mitsubishi: parceria em elétricos, baterias e direção autônoma
Suzuki eVitara: primeiro SUV elétrico da marca japonesa é revelado
Como ficará o boom de carros elétricos nos EUA se Trump vencer?
Mercado de carros elétricos e híbridos plug-in cresce 200% no Brasil
Como a ofensiva de produtos da BYD a levou ao topo de setor automotivo
Frota de táxis de Oslo, a capital da Noruega, passa a ser 100% elétrica
Brasil quer 33% dos veículos elétricos com baterias locais até 2033