GM: carro elétrico no Brasil depende de política pública
Menor custo da bateria, infraestrutura e consciência do consumidor são o caminho para a popularização dos elétricos
A GM é uma das grandes montadoras com planos mais ambiciosos no que se refere a transição para um futuro de carros elétricos. E mesmo com os atrasos causados pela pandemia, a GM não reduziu o cronograma de eletrificação nos grandes mercados globais. Mas e no Brasil, como fica?
A Europa tem aprovado regulamentos cada vez mais restritivos para os carros a combustão, a China é o maior produtor mundial de carros elétricos e os Estados Unidos, finalmente, parecem alinhar uma estratégia para a mobilidade elétrica.
Galeria: Fábrica Zero GM
Nesse cenário, a GM aposta que o Brasil também avançará nesta área, conforme disse a vice-presidente da GM para a América do Sul, Marina Willisch, em entrevista ao gaúcho Jornal do Comércio.
"No Brasil, não será diferente, um dos pontos chaves para a adoção em massa dos veículos elétricos são as políticas públicas".
A executiva diz que qualquer planta da GM, em tese, pode ser adaptada para a produção de carros elétricos, mas ainda não confirmou quando isso irá ocorrer aqui no país.
Também reafirmou que a GM tem uma meta global de um portfólio composto 100% de carros elétricos a partir de 2035, o que também inclui o Brasil. Com meta de zerar as emissões nocivas em 2040, a montadora pretende oferecer veículos elétricos para uso empresarial e consumidores em todas as faixas de mercado.
No entanto, afirma que a transição energética requer o engajamento de governos, sindicatos, fornecedores e consumidores, cada um desempenhando o seu papel de conscientização sobre o futuro elétrico e trabalhando na ampliação da infraestrutura para a mobilidade elétrica.
"Claramente, os mercados ao redor do mundo se moverão em velocidades diferentes com base em uma série de fatores. O que está em nossas mãos é o compromisso de entregar 30 modelos totalmente elétricos até 2025 globalmente."
Marina reforça que, assim como em outros países que avançaram com a eletrificação, as políticas políticas têm papel fundamental para facilitar a popularização dos carros elétricos. E que aqui no Brasil não será diferente: governo e consumidores conscientes envolvidos nesse processo serão a base da mudança.
Por fim, destaca quatro pilares fundamentais para a adoção em massa dos carros elétricos:
- conscientização do consumidor
- redução contínua do custo das baterias
- políticas públicas
- expansão da infraestrutura.
Em termos de opções de carros elétricos no Brasil a GM vende atualmente o Chevrolet Bolt, com autonomia de 416 km, que em breve terá a versão atualizada (lançada nos Estados Unidos) e também uma nova variante SUV, com lançamento confirmado por aqui, mas ainda sem data de estreia.
Siga o InsideEVs Brasil no Twitter
Siga o InsideEVs Brasil no Facebook
Siga o InsideEVs Brasil no Instagram
Fonte: Jornal do Comércio
Galeria: Novo Chevrolet Bolt 2022
RECOMENDADO PARA VOCÊ
GM: "Revolução dos carros elétricos seguirá independente do governo"
Tesla Model Y reestilizado começa a ser produzido em janeiro de 2025
GM reage e vendas globais de carros elétricos decolam no 3º trimestre
CATL lança sistema Choco de troca rápida de baterias para carros elétricos
GM: produção de carros elétricos e a combustão na mesma linha de montagem
Stellantis, Hyundai e Mercedes-Benz iniciam testes com bateria sólida
GM ajusta para baixo a meta de produção de carros elétricos em 2025