Já sabíamos que a Toyota não estava satisfeita com o plano da administração Biden em dar incentivos extras aos veículos elétricos de montadoras sindicalizadas. A fabricante japonesa se junta a outras empresas de peso, como a Tesla e a Volkswagen, para expressar sua oposição à legislação proposta.
Entretanto, a Toyota North America deu um passo adiante ao veicular um anúncio sobre o tema nas principais publicações norte-americanas, incluindo The New York Times, The Wall Street Journal, e muito mais.
O objetivo dos Democratas é fornecer um crédito tributário federal para veículos elétricos maior do que o existente, embora a legislação se concentre em uma quantia maior em dólares para VEs produzido por trabalhadores sindicalizados. Os veículos produzidos pelas montadoras filiadas aos sindicatos receberão um crédito adicional de US$ 4.500 se o incentivo for aprovado. De acordo com a Automotive News, o anúncio diz:
"Que mensagem é dada ao trabalhador automotivo americano que decidiu não aderir a um sindicato? Que seu trabalho vale menos US$ 4.500 porque eles fizeram essa escolha".
"O que isto diz ao consumidor americano"? Que se eles quiserem comprar um veículo elétrico que não é produzido pela Ford, General Motors ou Chrysler, terão que pagar US$ 4.500 a mais - o que é cerca de US$ 100 a mais por mês durante um período de quatro anos".
A Toyota chega ao ponto de fazer um apelo ao Congresso para que deixe a política de lado e faça um esforço para oferecer um crédito fiscal igual para todos os veículos elétricos que são montados por trabalhadores americanos, independentemente de estarem ou não sindicalizados.
A proposta, que é liderada pelo Deputado Democrata do Michigan, Dan Kildee, tem como objetivo aumentar o crédito fiscal de VEs para até US$ 12.500 (R$ 68.900) para veículos montados em uma fábrica sindicalizada. Entretanto, curiosamente, a Automotive News explica que "após cinco anos, somente veículos elétricos montados nos Estados Unidos seriam elegíveis para o crédito base de US$ 7.500".
Isto significa que os veículos elétricos que não são montados nos EUA serão elegíveis enquanto a montadora estiver sindicalizada? Ainda existem algumas questões duvidosas, já que a proposta parece ter mudado várias vezes.
Além do anúncio da Toyota, um grupo de 25 embaixadores representando muitos países em todo o mundo irá brigar contra a legislação proposta. A União Europeia, juntamente com outros países, compartilhou que a legislação:
"... se implementada, violaria as regras do comércio internacional, prejudicaria os trabalhadores americanos empregados por essas montadoras e prejudicaria os esforços dessas montadoras para expandir o mercado consumidor do veículos elétricos dos EUA para atingir as metas climáticas do governo".
Finalmente, a American International Automobile Dealers Association também fez uma declaração de oposição, chamando o crédito fiscal de discriminatório. A associação pediu ao Presidente Biden que "parasse de fazer política" e começasse a "trabalhar para todos os americanos".
Fonte: Automotive News
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