Veículos elétricos e híbridos têm crédito facilitado pelo BNDES
Finame Baixo Carbono é voltado à aquisição de máquinas e veículos que contribuam para a redução da emissão de carbono
A transição para um futuro neutro em emissões de CO2 depende de várias medidas, entre elas incentivos financeiros para a cadeia produtiva e empresas que desejam reduzir sua pegada de carbono por meio da aquisição de veículos ou equipamentos com zero ou baixas emissões.
Com essa finalidade, a ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Autoveículos) promoveu nesta sexta-feira (28) mais um evento “Conexão ANFAVEA”, dessa vez com a participação do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), para expor as novas regras do “Finame Baixo Carbono”.
O Finame Baixo Carbono é um programa voltado à aquisição de máquinas e equipamentos que contribuam para a redução da emissão de carbono, financiando ônibus e caminhões elétricos (bateria ou célula de combustível), híbridos, a gás ou movidos exclusivamente a biocombustível, bem como veículos comerciais leves elétricos e híbridos.
Dessa forma, o programa também pode ser aplicado para empresas, locadoras e frotistas que desejam adquirir carros elétricos ou híbridos de passeio; motocicletas, bicicletas, triciclos e patinetes elétricos. Além disso, o Finame Baixo Carbono pode ser usado no financiamento de itens de infraestrutura e de tecnologias de geração de energia solar e eólica.
A novidade é que o BNDES anunciou a inclusão de novas classes de produtos de baixa emissão de carbono, como máquinas agrícolas, veículos para logística Industrial e embarcações. Além disso, a banco de desenvolvimento prorrogou a primeira fase de credenciamento para dezembro de 2024 e a flexibilizou as regras de nacionalização de conteúdo, o que dá maiores possibilidades para os fabricantes desenvolverem seus produtos de baixo carbono e os habilitarem ao Finame.
“O Finame Baixo Carbono é um programa totalmente alinhado com o foco ambiental do setor automotivo. O BNDES faz um movimento importante na direção da necessidade da definição de uma política de Estado que sinalize às nossas empresas para onde direcionar seus investimentos para as próximas gerações de veículos, de forma a inserir o Brasil nas estratégias globais das novas tecnologias de motorização e no complexo e competitivo fluxo do comércio exterior”, afirmou o Presidente da ANFAVEA, Luiz Carlos Moraes.
Apesar dos incentivos serem destinados às empresas e não ao consumidor final, a disseminação de crédito para baixo carbono fomenta o avanço da transição energética ao permitir que mais equipamentos e veículos com zero emissão sejam colocados em operação, beneficiando toda a sociedade de forma indireta.
Como exemplo, podemos citar o Volkswagen e-Delivery, o primeiro caminhão elétrico totalmente projetado e desenvolvido no Brasil, que já pode ser adquirido por meio da linha de crédito Baixo Carbono - em breve mais veículos elétricos devem estar credenciados a utilizar esta modalidade.
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