Ao mesmo tempo em que a Volvo Cars acelera a transição para a mobilidade elétrica, a Volvo Group, divisão de veículos pesados e equipamentos, anuncia que está renovando seu ciclo de investimentos no Brasil, o que inclui o desenvolvimento dos primeiros ônibus e caminhões elétricos que serão produzidos no país, previstos para chegar ao mercado a partir de 2025.
Segundo o comunicado divulgado nesta semana, a empresa sueca investirá R$ 1,5 bilhão em suas operações no país no período de 2022/2025. Os recursos são voltados principalmente para pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e serviços em um anúncio que vem junto com o balanço positivo de 2021, o melhor ano da história da Volvo desde sua chegada ao país.
O objetivo é alinhar a operação industrial da unidade de Curitiba à diretriz global do Volvo Group de produzir a partir de 2040 exclusivamente veículos zero emissões em todas as fábricas do mundo.
"O excepcional resultado de 2021 alimenta nossa confiança e compromisso para o futuro. Por isso estamos renovando nosso ciclo de investimentos na América Latina com mais R$ 1,5 bilhão (ciclo 2022/2025). Será um período de grandes transformações na indústria de transportes e a Volvo continuará trazendo muitas inovações em produtos e serviços, em todos os segmentos em que atuamos", afirma Wilson Lirmann, presidente do Grupo Volvo na América Latina.
Falando ao Valor Econômico, Lirmann reafirmou o compromisso da empresa com a eletrificação e disse que o processo na América Latina ocorrerá de forma mais lenta que na Europa, mas que não há dúvidas sobre qual será o tipo de propulsão que estará em seus veículos no futuro. “Será que vamos querer ser a jabuticaba nessa transformação?”
Ainda assim, o empresário deixa claro que haverá investimento nos veículos tradicionais, ao menos por um tempo, enquanto dura a transição para os veículos zero emissões.
Nesse cronograma de investimentos, a produção de ônibus e caminhões elétricos no Brasil ficará para a fase final do plano, por volta de 2025, com a eletrificação começando pelos ônibus urbanos.
"Os veículos urbanos têm um circuito repetitivo em rotas que não passam de 250 quilômetros por dia, o que atende à autonomia das baterias", afirma Fabiano Todeschini, responsável pela área dos ônibus Volvo na América Latina.
Enquanto isso, para os veículos maiores, a Volvo tem trabalhado em outras alternativas, como as células de combustível a hidrogênio, mais adequadas para a linha de caminhões pesados, segundo o executivo.
Outra parte do investimento será direcionado para adaptar os próximos motores a diesel às regras de emissões Euro 6, que entram em vigor em janeiro de 2023.
Fonte: Volvo Group, Valor Econômico
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