A China é o maior mercado de carros elétricos e híbridos do mundo e também um dos que mais cresce, o que em boa parte foi possível através de subsídios e incentivos fiscais.
Nos últimos anos, o governo chinês foi gradualmente reduzindo o apoio aos veículos elétricos, mas, de acordo com a Reuters, pode ser forçado (novamente) a prorrogar os subsídios, para manter o mercado crescendo, à medida que a economia como um todo desacelera. Fontes não oficiais da Reuters dizem que o governo está em negociações com as montadoras sobre a questão de talvez estender os subsídios para além de 2022.
Estima-se que entre 2009, quando os subsídios começaram, até o final de 2021, a China gastou 100 bilhões de yuans (US$ 14,8 bilhões) em subsídios de veículos elétricos.
"O caro programa de incentivos da China foi creditado com a criação do maior mercado de veículos elétricos do mundo. Desde que os subsídios começaram em 2009, cerca de 100 bilhões de yuans (US$ 14,8 bilhões) foram entregues a compradores, incluindo operadores de frotas comerciais até o final de 2021, de acordo com uma estimativa de Shi Ji, analista de automóveis do China Merchants Bank International."
No início de 2022, os subsídios para carros totalmente elétricos foram reduzidos em 30% de 15.840 CNY para 11.088 CNY (R$ 8.140), e estavam previstos para expirar no final de 2022 (dois anos após o prazo original).
Antes disso, foi aplicado o limite de preço máximo (300.000 CNY / R$ 220.000) e autonomia mínima (300 km), o que limitou a elegibilidade para subsídios. Outra ponto é a isenção do imposto sobre compras (desde 2014), que estava previsto para expirar também, mas no final, pode permanecer em 0%, ou subir para 5%, em vez dos 10% previstos em 2023.
A Associação Chinesa de Automóveis de Passageiros (CPCA) prevê que cerca de 5,5 milhões de carros elétricos e híbridos plug-in poderão ser vendidos em 2022 (6 milhões, incluindo veículos comerciais).
Durante o primeiro trimestre de 2022, as vendas de carros plug-in ultrapassaram 1,1 milhão (aumento de 130% em relação ao ano anterior), o que equivale a mais de um quinto do mercado total de automóveis.
Parece muito provável que a China tente adotar alguma medida adicional se houver algum risco de que este segmento muito importante (do ponto de vista tecnológico e potencial de exportação) mostre qualquer sinal de fraqueza. A conferir.
Fonte: Reuters
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