O CEO da Ford, Jim Farley, falou na Conferência de Decisões Estratégicas de Bernstein nesta semana. Ele acredita que a produção de veículos elétricos irá se tornar menos cara com o tempo, o que levará a uma guerra de preços entre as montadoras de carros elétricos que terão opções atraentes por cerca de US$ 25.000, ou cerca de R$ 120.000 em uma conversão direta.
Não é surpresa que Farley previu uma "enorme guerra de preços" de carros elétricos. Mary Barra, da GM, continua reiterando que a GM pretende bater a Tesla no preço, oferecendo uma série de modelos relativamente baratos. Ainda ontem, soubemos que o Bolt EV 2023 e o Bolt EUV ficaram bem mais baratos que os modelos da linha 2022 nos Estados Unidos. A GM também trará um Equinox elétrico acessível para o mercado e outros modelos que começam em torno de US$ 25.000. Farley compartilhou via Electrek:
"Então eu acredito que haverá nossa indústria está definitivamente caminhando para uma enorme guerra de preços."
De acordo com Farley, as baterias acabarão ficando mais baratas. Ele disse que a Ford está trabalhando em sua nova plataforma para ajudar a reduzir o custo de fabricação. O chefão da Ford também mencionou que os veículos elétricos da Ford serão vendidos "100% online", e os preços serão fixos e inegociáveis.
Para completar, o CEO disse que a Ford está considerando cortar custos ainda mais relacionados à distribuição e publicidade. No entanto, ele não fez nenhuma referência específica a um futuro Ford elétrico de US$ 25.000.
O CEO da Ford falou sobre o preço inicial de US$ 45.000 (R$ 216.00) do Mustang Mach-E, explicando que a bateria custa impressionantes US$ 18.000 (R$ 86.000). Isso dificulta a venda de um Mach-E mais barato, mas ele pode tomar as decisões certas para garantir que os futuros veículos elétricos tenham baterias e custos de produção menores, modelos mais baratos serão consequência disso.
Farley continuou dizendo que a próxima plataforma de veículos elétricos da Ford será significativamente simplificada, e exigirá baterias menores. Será mais fácil de fabricar, e usa metade das soldas, luminárias e estações de trabalho usadas por modelos construídos na plataforma atual. Ele explicou:
"A reengenharia do veículo para minimizar o tamanho da bateria, já que é tão cara, vai ser um divisor de águas para esses produtos de segunda geração."
Com tudo isso dito, Farley foi honesto em admitir que não será fácil baixar os carros elétricos até o preço de US$ 25.000. No entanto, uma vez que todos os planos estão claros, a tarefa pode não parecer tão assustadora. Uma guerra de preços de elétricos já está acontecendo na China, que é um mercado que muitas montadoras estão de olho.
Nessa questão, o Brasil ainda está dando os primeiros passos na eletrificação, que pode avançar muito em nosso mercado, mas ainda depende de decisões estratégicas e fortes investimentos em todas as áreas relacionadas.
O carro elétrico mais barato por aqui custa R$ 142.990 (US$ 29.900), mas considerando a realidade local em termos econômicos, de renda e mercado, ainda estamos longe dessa 'guerra de preços'. A tendência é que carros elétricos 'menos caros' cheguem ao mercado, mas isso ainda não será o bastante para provocar uma ruptura.
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