A transição energética deve acontecer de forma mais acelerada no segmento de veículos comerciais em muitos mercados, principalmente com os ônibus elétricos. E de olho nessa oportunidade, a BorgWarner já considera a possibilidade de realizar a montagem local de baterias para veículos elétricos no Brasil.
Na visão da empresa, ainda que não haja uma linha totalmente clara no avanço da eletrificação no país, o segmento de ônibus elétricos se apresenta como um dos mais promissores.
A BorgWarner marcou presença no IAA Transportation 2022, feira que acontece nesta semana em Hanover, na Alemanha. A empresa apresenta suas tecnologias mais recentes para eletrificação, incluindo a nova bateria 'flat' que trabalha entre 350V a 750V com carga de energia útil de 40 kWh e se destaca pela espessura de 120 mm e ampla versatilidade, podendo ser adaptada a vários tipos de veículos elétricos, notadamente comerciais leves e ônibus.
Presente no IAA Transportation 2022, a BorgWarner expôs suas mais recentes soluções para indústria automotiva. Dentre os destaques a empresa desenvolveu módulos de baterias planos com até 12 cm de espessura. O componente pode ser aplicado um sobre o outro e providenciar de 350V a 750V e carga de energia útil de 40 kWh. O desenvolvimento visa atender o segmento de comerciais leves e ônibus.
Com diversas iniciativas e projetos de eletrificação do transporte público em andamento, a BorgWarner aposta em forte crescimento da demanda por baterias e daí o motivo de considerar a produção dos acumuladores no Brasil.
Vice-presidente e gerente geral da BorgWarner PowerDrive Systems na Europa, Arnaldo Iezzi Jr. estima uma expansão de 400% do segmento de veículos elétricos comerciais nos próximos 5 anos.
“Ônibus deverá protagonizar a maior participação no crescimento. Adianto que temos um contrato global de fornecimento de baterias para uma montadora do segmento que também atua no Brasil”, resumiu Iezzi em entrevista on-line.
Segundo o executivo, o início da montagem das baterias para ônibus elétricos poderia levar de 3 a 4 anos. Nessa primeira fase as células seriam importadas, sendo a montagem da bateria e sistema de gerenciamento sendo feito localmente.
‘Até lá, busca-se novos negócios com objetivo de garantir volumes para otimizar custos.”
Por fim, Iezzi destacou que o Brasil é o 4º maior mercado de veículos comerciais do mundo, tem um imenso potencial para produzir células de baterias e conta com a vantagem dos recursos naturais abundantes de matérias-primas para as baterias, como lítio e níquel.
Fonte: Auto Indústria
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