Na semana passada, a BorgWarner anunciou sua primeira fábrica de montagem de sistemas de baterias para veículos elétricos no Brasil. Na ocasião, a empresa destacou o potencial do país no cenário de transição energética, considerando uma posição vantajosa em termos de emissões em função da matriz energética mais limpa e as rotas tecnológicas disponíveis.
A BorgWarner também destacou sua capacidade de ação e que possui tecnologia e flexibilidade para atender às mudanças que virão com a transição para a mobilidade elétrica e de baixas emissões.
Em mercados como Europa, Estados Unidos e China, a mudança ocorrerá de forma mais rápida. No entanto, em outras regiões também existe bastante potencial, principalmente no segmento de veículos elétricos comerciais, que se mostram bastante promissores em situações de rotas pré-determinadas: entregas urbanas e de última milha (vans e caminhões) e também no transporte público (ônibus elétricos).
Para esse segmento, a BorgWarner enxerga um potencial de crescimento estimado de cerca de 400% nos próximos cinco anos.
Na visão da empresa norte-americana, o Brasil é bastante competitivo para se tornar um produtor de veículos elétricos. Isso considerando que nós possuímos a quarta maior frota de veículos pesados do mundo e a oitava de veículos leves, e uma das matrizes energéticas mais limpas do planeta habilitando uma produção de baixo carbono, o que torna o país atrativo para investimentos.
Tudo isso, sem deixar lado o potencial de recursos minerais, que são cruciais para a produção local de células de bateria. Além disso, o país é geograficamente bem localizado, o que potencializa sua vantagem para produção de componentes estratégicos na região, uma vez que a co-localização faz com que toda a cadeia de suprimentos seja mais produtiva, escalável, flexível e sustentável.
O plano estratégico “Charging Forward” da empresa se apoia no crescimento orgânico do segmento de veículos elétricos, no investimento em fusões e aquisições com foco em EV e uma otimização do portfólio voltado para os produtos que ainda são movidos a motores a combustão.
Falando especificamente de eletromobilidade, a estratégia de aquisições nesse setor é outra iniciativa que ajuda a companhia a crescer mais rapidamente. Com a aquisição da AKASOL e dos negócios de eMotor da Santroll, a BorgWarner garantiu negócios que deverão gerar US$ 800 milhões em receita adicional relacionada a veículos elétricos em 2025.
Outro movimento estratégico foi a aquisição da SSE (uma empresa chinesa de estações de carregamento), anunciada globalmente recentemente, durante a IAA/2022, na Alemanha. o que leva a receita de fusões e aquisições de negócios de eletrificação caminhar para se aproximar de US$ 900 milhões. A meta é de US$ 2,5 bilhões até 2025
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