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Queda na produção, crise no Twitter e mais: por que as ações da Tesla caem?

Produção reduzida na Gigafactory Xangai, problemas no Twitter e muito mais. Os acionistas estão fugindo?

Tesla Gigafactory 3

O passado recente dos bons resultados das ações da Tesla parece estar a anos-luz de distância. Após dois anos de enorme crescimento, o preço dos papéis da montadora norte-americana tem caído muito nos últimos meses. Só na terça-feira, despencou 11,4%. 

O resultado é consequência de uma reportagem da Reuters, segundo o qual a Gigafactory de Xangai se prepara para enfrentar um período de volumes de produção reduzidos a partir de janeiro. Há várias razões para isto. Confira:

Galeria: Tesla Gigafactory 3

Twitter assusta

Em primeiro lugar, o que assusta os acionistas da Tesla é a queda geral da procura. Estão vendendo menos carros? Mais ações serão vendidas. Com o resultado desta semana, as ações da Tesla atingiram o seu ponto mais baixo em dois anos e tiveram o seu pior dia em oito meses. Com a queda, arrastou tanto o S&P 500 como o índice Nasdaq para o campo negativo. Desde meados de outubro, o valor das ações desceu para a metade.

Mas a contração do mercado não é a única razão para os investidores venderem. Entre as principais razões para a queda está também o receio de que Elon Musk se dedique em excesso ao Twitter e deixe a montadora de carros elétricos à sua sorte. Pela mesma régua, afinal de contas, a própria venda de grandes lotes de ações da Tesla por Musk também foi julgada.

Tesla Giga Texas (Gigafactory 5) - Controllo di qualità modello Y (rapporto Tesla Q3 2021)

Controlo de qualidade de um modelo Tesla Y

Covid entra em ação

Os cortes de produção na Gigafactory de Xangai virão também como resultado de outro fator: a epidemia de Covid. De fato, a China, após ter adotado políticas muito rigorosas para combater a propagação do vírus, afrouxou a regra. Mas está enfrentando novos picos de infeção que estão afetando as atividades em todos os segmentos. 

A Tesla não é a única empresa que enfrenta este fenômeno. Até a NIO, por exemplo, revisou recentemente os seus números sobre os carros vendidos nos próximos meses. Mas haverá paz para o carro elétrico? Primeiro o Covid, depois a crise do chip, depois o aumento dos custos da matéria-prima e a crise de abastecimento. Agora uma queda nas vendas: quem vai saber o que 2023 tem reservado para nós.