A cidade de São Paulo (SP) se prepara para acelerar a transição energética no transporte público. As empresas de transporte que atuam na capital paulista já encomendaram 1.109 ônibus elétricos, que chegarão às ruas entre 2023 e 2024.

Segundo a matéria do portal Diário do Transporte, que confirmou a informação com a SPTrans, a maioria dos ônibus elétricos a bateria (657) serão entregues ainda este ano, enquanto o restante (457) ficará para o ano que vem.

Ônibus elétrico Azure A12BR (10) externa

Esses pedidos são um reflexo do compromisso assumido pelo prefeito Ricardo Nunes, de eletrificar pelo menos 20% da frota de ônibus da capital até 2024, o que equivale a cerca de 2.600 ônibus elétricos em circulação na maior cidade do país em pouco mais de um ano. 

Esse compromisso está alinhado com as metas de transição da frota de ônibus a diesel para ônibus de baixa emissão de poluentes fixadas pela Lei 16.802 e pela atual licitação para renovar os contratos da Prefeitura com as empresas de transporte.

Recentemente, a ABVE (Associação Brasileira Veículos Elétricos) publicou uma carta que reafirma a capacidade de produção de ônibus elétricos pela indústria nacional para atender à essa demanda. Não apenas de São Paulo, mas de outras cidades importantes do país que estão eletrificando suas frotas de transporte público. 

Na prática, a entidade lembrou que o compromisso da cadeia produtiva nacional de produzir até 2 mil ônibus elétricos/ano já tinha sido afirmando em documento enviado ao Ministério Público do Estado de São Paulo já em 2017, um ano antes da aprovação pela Câmara Municipal da Lei 16.802.

A SPTrans publicou uma nota, onde reafirma que desde o dia 17 de novembro de 2022 não é permitido às empresas de transporte que operam na capital adquirir ônibus que não sejam de propulsão por energia limpa. Além disso, o número de encomendas deve aumentar, já que muitas concessionárias ainda não fizeram suas pedidos.

Atualmente, a frota da maior cidade do país conta com 219 ônibus elétricos, sendo 201 trólebus e 18 modelos movidos a bateria.

Fonte: Diário do Transporte