A oferta de vantagens e incentivos para aquisição de carros elétricos é comum na maioria dos países que buscam acelerar a virada tecnológica da indústria. Na China não é diferente, ou pelo menos era. O país comunicou recentemente que eliminou qualquer tipo de facilidade ou benefício, equiparando os EVs aos carros tradicionais. O motivo: as vantagens oferecidas pelo governo estavam favorecendo mais os concessionários do que os próprios clientes.
Estudo encomendado pelo governo chinês revelou que os fabricantes estavam lucrando gordas quantias com o programa de incentivos. Segundo apontado, os preços dos elétricos eram inflados intencionalmente para, depois dos benefícios concedidos pelo país, caírem para patamares mais competitivos. Dessa forma, cada marca alcançava margens de lucro muitos superiores por unidade do que se não tivessem acesso aos incentivos.
Apesar de fechar a torneira, a China continua oferecendo outras vantagens para elétricos. Entre as principais, destaque para estacionamento mais barato e carga de impostos reduzida na comparação com modelos tradicionais. O retorno dos subsídios ainda é possível, mas terá de ser feito com critérios revisados e novas cláusulas para evitar que os mesmos problemas voltem a acontecer.
De todo modo, não há preocupação com eventual queda nas vendas. A China já é o maior mercados de veículos elétricos do mundo e conta com marcas nacionais de peso no setor, incluindo conhecidas como BYD e MG e novatas como XPeng ou NIO. Além disso, algumas fabricantes reduziram os preços por conta própria, como foi o caso da Tesla.
Ao mesmo tempo, a China comemora números recordes nas exportações de carros elétricos para a Europa. Em novembro passado, por exemplo, o crescimento foi de 165% na comparação com igual período do ano anterior.
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