Chamado de 'petróleo do futuro', o lítio é um elemento crucial na transição energética. E nesse cenário, muitos países e empresas assumem suas posições diante de um mercado que terá crescimento exponencial da demanda, majoritariamente pelo aumento das vendas de carros elétricos.
E aqui temos o caso do México, que desde o ano passado trabalha para aprovar a nacionalização da extração de lítio. Neste último fim de semana, o presidente mexicano Andres Manuel Lopez Obrador (AMLO) assinou o decreto que nacionaliza o lítio, passando a responsabilidade pelas reservas de lítio para o ministério de energia.
Durante o discurso, Obrador declarou que:
“o petróleo e o lítio são propriedade da nação, de todos os mexicanos”.
E acrescentou:
“o que estamos fazendo agora tem como objetivo garantir que a exploração desse mineral seja em benefício dos mexicanos, não dos estrangeiros, nem da Rússia, nem da China, nem dos Estados Unidos”.
O decreto de Obrador também estabeleceu 234.855 hectares em Sonora como uma zona de mineração conhecida como Li-MX-1. Sonora abriga praticamente todos os recursos de lítio do México - 8,82 Mt de carbonato de lítio equivalente (LCE) ou 1,66 Mt de lítio metálico.
Várias empresas estrangeiras estão interessadas em estabelecer depósitos de lítio no México; em setembro de 2022, o Ministério das Finanças avaliou o depósito de lítio no estado de Sonora no valor de 12 trilhões de pesos mexicanos (US$ 653 bilhões, atualmente).
O único projeto de lítio em fase avançada no México é o Projeto de Argila de Lítio Sonora de Ganfeng Lithium, 100% detido por Ganfeng através de suas participações em Bacanora Lithium e Sonora Lithium.
A (USGS) classifica o México como o nono país do mundo em recursos de lítio, com 1,7Mt. Os líderes mundiais Bolívia, Argentina e Chile detêm 21Mt, 19Mt e 9,8Mt, respectivamente.
De acordo com a Agência Internacional de Energia, para realizar a transição energética nos termos do Acordo de Paris, a demanda por lítio aumentará cerca de 40 vezes até 2040.
Fonte: Mexico.mx
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