Produzir carros elétricos e a combustão na mesma fábrica é uma das soluções que podem facilitar e agilizar a transição energética. E é com essa estratégia que a GM pretende conduzir sua transformação para uma montadora exclusiva de veículos elétricos até 2035.
De acordo com a reportagem publicada recentemente pelo Automotive News, a GM não pretende construir, nem fechar nenhuma fábrica existente, segundo Gerald Johnson, vice-presidente executivo de fabricação global e sustentabilidade da GM
A estratégia é utilizar sua estrutura de produção de forma flexível à medida em que ocorre a transição para VEs. Atualmente, algumas fábricas foram convertidas para produzir exclusivamente veículos elétricos, enquanto outras irão produzir modelos a combustão e elétricos no mesmo local.
Neste ano, a GM prepara o lançamento de veículos elétricos importantes como o Chevrolet Blazer EV e Equinox EV, ambos com estreia oficial programada para o segundo semestre de 2023 e com lançamento já confirmado no Brasil. Vale lembrar que, inclusive, o Blazer elétrico já está sendo testado no Campo de Provas da GM no interior de São Paulo.
No caso dos Estados Unidos, onde se concentra atualmente a produção desses veículos elétricos, a GM anunciou mais US$ 1 bilhão em investimentos para duas fábricas localizadas em Flint, Michigan, local de onde sairá a próxima geração das picapes Chevrolet Silverado e GMC Sierra movidas a gasolina, além de outro investimento na unidade de Ontário (Canadá), também para picapes com motor de combustão interna.
Mas falando dos veículos elétricos, o destaque a linha de montagem de Detroit-Hamtramck, na Factory Zero, esta sim uma unidade dedicada exclusivamente à produção de veículos elétricos, como o GMC Hummer elétrico nas versões picape e SUV, e em breve, versões elétricas do Silverado e do Sierra - esses modelos também serão produzidos na Orion Assembly, em Michigan, quando a produção da linha Bolt EV e Bolt EUV for encerrada no final do ano.
"Tenho certeza de que faremos mais fábricas de veículos totalmente elétricos, mas avaliamos cada fábrica com base em sua infraestrutura e no que ela pode suportar e no que podemos converter, [reformar] ou talvez até mesmo expandir um pouco para que possamos acomodar o que precisamos para a produção de veículos elétricos e para a produção de veículos de combustão interna", disse Johnson em uma entrevista esta semana.
Mais uma vez, Johnson disse que não prevê a GM fechando nenhuma instalação, acrescentando que o objetivo da empresa é usar de forma eficiente sua área de cobertura existente.
"No momento, acreditamos que temos a largura de banda certa para apoiar o equilíbrio", disse. "Não se trata de uma ciência perfeita. A previsão tem uma promessa: a de que estará errada. A questão é: você pode se ajustar à medida que isso acontece? Estamos tentando manter essa flexibilidade e essa largura de banda para podermos flexibilizar os EVs ou combustão à medida que avançamos, sabendo que a transformação ainda ocorrerá com o tempo."
E agora falando do Brasil, ainda não há uma data exata para a montagem local de elétricos da Chevrolet por aqui, mas executivos de alto escalão da GM já declararam que o país tem plenas condições de iniciar a produção de veículos elétricos, algo que irá ocorrer mais adiante.
Nesse caso, a opção de utilizar fábricas existentes para compartilhar a produção entre modelos flex/gasolina e carros elétricos no mesmo local pode ser uma boa saída para o nosso mercado enquanto a transição energética avança.
A partir de 2024, o lançamento dos primeiros veículos elétricos da GM baseados na plataforma Ultium (Blazer e Equinox) permitirá analisar melhor o crescimento desse mercado por aqui e começar a entender quando poderemos ter a produção nacional desses modelos.
Fonte: Automotive News
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