A BYD fará o anúncio oficial de sua primeira fábrica de automóveis no Brasil na semana que vem. E nesse intervalo, a vice-presidente global da montadora chinesa, Stella Li, deu uma longa entrevista ao jornal Valor, onde falou sobre o plano de investimento da BYD no país, bem como sua visão do mercado de carros eletrificados.
A executiva chegou ao país nesta semana e se reuniu com o presidente Lula para acertar os últimos detalhes sobre a instalação da fábrica na Bahia. Na mesma oportunidade, Stella esteve em São Paulo (SP) nesta quarta-feira (28) para o lançamento do BYD Dolphin, até então o carro elétrico mais barato no portfólio da empresa, que foi lançado por R$ 149.800.
Vale destacar que a BYD tem um plano de investimento de R$ 10 bilhões no Brasil até 2025, sendo que R$ 3 bilhões serão destinados para a construção da fábrica de automóveis, que também produzirá caminhões e ônibus elétricos, bem como a montagem de baterias.
Fundada em 1996 na China, a BYD teve um crescimento vigoroso ao longo de sua trajetória, até o momento de se tornar a maior montadora de veículos eletrificados (carros elétricos + híbridos plug-in) do mundo em 2022, superando a norte-americana Tesla, que vende exclusivamente BEVs.
No Brasil, a BYD iniciou a produção local em 2015, com a fábrica de chassis e ônibus elétricos em Campinas (SP), que passou a produzir painéis fotovoltaicos dois anos depois. Em 2020, a operação chegou à Zona Franca de Manaus, onde a empresa instalou uma linha de montagem de baterias de fosfato-ferro-lítio para ônibus elétricos.
Mas falando dos veículos de passeio, a BYD chegou ao Brasil trazendo dois carros elétricos (Tan e Han), ampliando a linha logo depois com o Yuan Plus, que foi lançado juntamente com o primeiro modelo híbrido plug-in da marca por aqui, o Song Plus. O mais recente, Dolphin, acabou de ser lançado e promete abrir novos espaços para a empresa.
Olhando para o futuro, Stella Li diz que enxerga o mercado brasileiro de forma semelhante ao chinês: metade carros elétricos, metade carros híbridos plug-in. E falando sobre os modelos que poderão ser feitos por aqui, a executiva ainda não confirma as opções, mas diz que além de carros elétricos, também pretende produzir modelos híbridos plug-in que possam rodar com etanol, aliando assim, a possibilidade de recarga na tomada e a utilização do combustível vegetal quando necessário, melhorando seu desempenho ambiental.
Caso o plano se confirme, poderia ser o primeiro modelo com propulsão híbrida plug-in a rodar também com o combustível vegetal. No momento, a Toyota vende a linha Corolla/Corolla Cross com motor híbrido (total) flex, que não oferece a possibilidade de recarga externa.
Fonte: Valor
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