Demanda urgente, um plano nacional de incentivo para a transição energética da indústria automotiva está próximo de se tornar realidade. O Projeto de Lei do Combustível do Futuro tem como objetivo descarbonizar o setor de transportes, aumentar a eficiência energética dos veículos e incentivar a industrialização com base em tecnologia e energia limpa.
O PL, que foi apresentado e assinado recentemente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira, aguarda aprovação e prevê que a indústria irá investir R$ 14 bilhões de reais em infraestrutura de recarga para veículos elétricos até 2035. Além disso, a transição energética tem potencial para gerar mais de 1,2 milhão de empregos diretos e indiretos no mesmo período.
Ainda pequena, a frota de carros elétricos no Brasil deve ultrapassar 1 milhão de unidades até 2030, de acordo com a previsão da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o que aumentaria exponencialmente a demanda em segmentos como o da mineração, considerando que os minerais como lítio, por exemplo, são vitais para a produção de baterias de alta densidade.
"Além de implementarmos fonte de energia limpa na frota de veículos, iremos impulsionar diversos setores, como o da mineração, que terá seu potencial ainda mais explorado. Transição energética é geração de emprego, é geração de renda. É inclusão. É o Brasil trilhando a liderança de energias limpas e renováveis no mundo para salvaguardar o planeta", afirma o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Questionamento recorrente com o aumento da eletrificação, a pesquisa da EPE traz mais um dado interessante. O estudo estima o que consumo anual da frota de carros elétricos a bateria, até 2030, seja de, aproximadamente, 4,4 TWh, o que representará de 0,5% a 1,5% do consumo elétrico brasileiro. Além disso, haverá a redução de consumo de 3 a 5 bilhões de litros de gasolina por ano.
Fonte: MME
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