A GWM apresentou uma visão otimista sobre as discussões envolvendo a eletrificação dos veículos brasileiros e a estruturação do programa Mobilidade Verde, que deve ser anunciado pelo governo federal em breve.

Em uma live realizada quinta-feira (21) a GWM destacou o encontro dos executivos da montadora nesta semana em Brasília (DF), onde foram apresentadas sugestões e propostas para o Vice-Presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin sobre o novo regramento para a indústria automotiva no país. 

“A GWM apoia a estratégia do Governo de não se limitar apenas a discutir a alteração ou não da Alíquota de Importação para veículos elétricos. Acreditamos que o Governo vai apresentar um programa robusto capaz de promover uma verdadeira reindustrialização do setor automotivo brasileiro”, afirma Ricardo Bastos, diretor de Assuntos Institucionais da GWM.

“Esta é a oportunidade para o Brasil atrair investimentos em engenharia de última geração, que poderão tornar o País um novo polo exportador de veículos”, diz o executivo. “E a GWM pretende fazer isso com um foco muito grande também na sustentabilidade da nossa fábrica”.

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Imposto de importação

Sobre o fim da isenção do imposto de importação para carros elétricos e híbridos, a GWM declara que ainda não é o momento de discutir a revisão das alíquotas, pois os volumes de importação de eletrificados ainda são muito baixos no país.

A montadora chinesa defende que para que os consumidores brasileiros tenham acesso a novas tecnologias, é importante não desestimular o crescimento do mercado de veículos eletrificados no País, que hoje representa apenas 1,7% (elétricos e híbridos plug-in) das vendas totais.

“A indústria precisa de previsibilidade para poder investir com segurança”, reforça Oswaldo Ramos, CCO (Chief Commercial Office) da GWM.

Galeria: GWM lança o carro elétrico Ora 03 no Brasil

Com base no histórico de adoção de novas tecnologias e experiência de mercados mais avançados em eletrificação, entende-se que o índice de participação de 5% é ponto de inflexão para os carros elétricos, onde a curva se torna exponencial e as vendas disparam - nesse intervalo inicial, a infraestrutura também tem tempo de se tornar mais madura.  

“E isso vai acontecer no Brasil também. No final de 2025, essa curva vai disparar por aqui. E quem não investir em descarbonização estará fora do jogo”, afirma Ramos.

A GWM avalia que a indústria automotiva nacional tem dois anos para se organizar para esta nova era, desenvolvendo tecnologia local de última geração e criando a infraestrutura que os consumidores de veículos eletrificados precisam. Dito isto, Ricardo Bastos destaca que é muito importante a importação de modelos com tecnologia mais moderna neste primeiro momento para criar um mercado.