Um dos primeiros furgões elétricos vendidos no Brasil, o Kangoo Z.E. é substituído por sua nova geração, rebatizada como Renault Kangoo E-Tech. Após um período de pré-venda (apesar de não ter o preço anunciado), o comercial finalmente desembarca no país por R$ 259.990, por enquanto somente na versão Cargo e com uma autonomia de 210 km, segundo o ciclo de testes do Inmetro.
O furgão chega com a missão de continuar a ser o líder no segmento dos comerciais elétricos, somando mais de 600 unidades emplacadas desde 2013. O foco continua nas empresas do setor logístico e last-mile que estão apostando na mobilidade elétrica, com destaque para o aumento das medidas e também da autonomia, ao utilizar uma bateria de maior capacidade.
A nova geração do Kangoo E-Tech mede 4,91 metros de comprimento, 1,88 m de altura, 1,86 m de largura e 3,10 m de entre-eixos. São 110 mm a mais de altura e 110 mm extras no compartimento de carga, que agora tem 2,23 m de comprimento e 1,20 m de altura. A capacidade de carga útil é de 800 kg e o acesso pode ser feito tanto pela porta traseira quanto por uma lateral deslizante.
A bateria de 33 kWh foi substituída por uma de 45 kWh, elevando a autonomia de 148 km para 210 km, isto seguindo o ciclo de testes do Inmetro. Pelos números na Europa, o Kangoo E-Tech agora roda por 300 km, 100 km a mais. Esta bateria usa 8 módulos e 96 células, facilitando a manutenção. A Renault promete uma garantia de 8 anos ou 160 mil km para a bateria, 3 anos a mais do que o Kangoo Z.E. – para todo o veículo, a garantia é de 3 anos ou 100 mil km.
As melhorias na parte elétrica vão além da bateria nova, pois agora o furgão passa a aceitar carregamento entre 3,7 kW e 22 kW em corrente alternada (era apenas 7,4 kW) e também pode usar estações rápidas de até 80 kW em corrente contínua. A fabricante diz que uma carga de 15% a 80% leva 2 horas e 30 minutos usando um Wallbox de 11 kW, subindo para 6 horas com um carregador de 7,4 kW. Uma estação de 80 kW precisa de somente 31 minutos para carregar a baterá até 80%. O padrão da porta de carregamento, como com qualquer carro importado da Europa, é o CCS Type 2.
No eixo dianteiro está um motor de 120 cv e 25 kgfm de torque. Por ser um veículo comercial e para poupar as baterias, a velocidade máxima é limitada a 130 km/h (é o suficiente para qualquer estrada do país). Promete acelerar de 0 a 100 km/h em 12 segundos, o que é um bom número considerando o tipo de carro que é.
Mesmo que seja um veículo comercial, até que vem bem equipado. Conta com quatro airbags, sensor de estacionamento traseiro, câmera de ré, controle de estabilidade, assistente de partida em rampas, central multimídia de 8 polegadas com Android Auto e Apple CarPlay, ar-condicionado digital automático, sensor de chuva, sensor crepuscular, luzes diurnas e lanterna de neblina em LED, monitoramento de pressão dos pneus, entre outros.
Para convencer os clientes, a Renault fala sobre o custo operacional do Kangoo E-Tech, afirmando que custa somente R$ 0,15 por quilômetro rodado, contra os R$ 0,50 de um Kangoo a gasolina. A empresa até fez um cálculo do custo de energia por entrega urbana, dizendo que a empresa gastará R$ 0,12. Para não se preocupar com a manutenção, a Renault tem um centro de distribuição de peças em Quatro Barras (PR) com uma área dedicada para os componentes para veículos elétricos. A promessa é entregar peças em até um dia útil para todas as capitais dos estados brasileiros, exceto no caso das baterias, que o prazo sobe para até 3 dias úteis.
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