A Turquia está pisando fundo no acelerador da indústria de carros elétricos. Conversas avançadas com as gigantes chinesas BYD e Chery indicam a possível construção de fábricas no país. Essa união de forças pode ser a chave para desbravar o mercado europeu para ambas as empresas. 

Para BYD e Chery, estabelecer fábricas na Turquia ofereceria uma vantagem estratégica. A Turquia possui um acordo de união aduaneira com a União Europeia, permitindo um acesso mais tranquilo a este mercado lucrativo. Essa localização estratégica pode aumentar significativamente seus números de vendas na Europa. 

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Em 2023, 7,5% dos carros vendidos no país já eram elétricos, um número que só tende a crescer. As projeções indicam que até 2025, 180.000 EVs estarão rodando pelas ruas turcas. E tem mais: especialistas acreditam que essa fatia pode chegar a 30% do mercado total de carros até 2032.

Isso significa que a Turquia se torna um mercado extremamente atraente para os fabricantes de EVs, como BYD e Chery, que estão em negociações para abrir novas fábricas e expandir sua atuação global. 

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O governo turco vê esses investimentos potenciais como uma grande vitória. Ter uma posição no setor de EVs está alinhado com seus objetivos de transformar a Turquia em um centro de produção. Sua localização na encruzilhada da Ásia e da Europa os posiciona de forma ideal para atrair investimento estrangeiro em manufatura.

Embora receba investimentos estrangeiros, a Turquia também está nutrindo seu próprio campeão nacional de EVs, Togg, o primeiro fabricante de veículos elétricos do país. O governo visa proteger a Togg da concorrência intensa imediata, permitindo que a marca se estabeleça no mercado doméstico, atualmente o quarto maior da Europa.

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Embora as negociações sejam promissoras, não há garantia de que culminarão em decisões de investimento finalizadas. Tentativas anteriores de atrair montadoras estrangeiras nem sempre foram bem-sucedidas, com a Volkswagen se retirando em 2019. No entanto, a localização estratégica da Turquia, a indústria automotiva estabelecida e o crescente mercado doméstico de EVs a tornam uma proposta atraente para montadoras chinesas que buscam expandir seu alcance europeu.

Fonte: Automotive News