A Mitsubishi Motors estaria em negociações para integrar a parceria estratégica entre a Nissan e a Honda. Anunciada em março, a união das duas últimas fabricantes visa colaboração em componentes para veículos elétricos e plataformas de software automotivo com inteligência artificial.

A medida reflete a crescente pressão sobre as montadoras para compartilhar custos no desenvolvimento de novas tecnologias. O setor automotivo japonês se divide em dois grupos: de um lado, a potencial aliança entre Honda, Nissan e Mitsubishi; do outro, a parceria entre Toyota, Suzuki, Subaru e Mazda.

Renault Nissan Mitsubishi, roteiro da Aliança 2030

Recentemente, Toyota, Subaru e Mazda anunciaram uma colaboração para o desenvolvimento de motores a combustão, seguida por outra parceria envolvendo as mesmas três marcas, além de Suzuki, para o desenvolvimento de veículos elétricos. Isso consolida uma divisão entre os dois principais grupos da indústria automotiva japonesa.

A união de forças é crucial para enfrentar a intensa competição com a Tesla e uma série de fabricantes chinesas, atualmente líderes no mercado de veículos elétricos. Juntas, Mitsubishi, Honda e Nissan representam uma força considerável, com vendas combinadas de 8,35 milhões de unidades anuais. Esse número equivale a quase metade da produção global combinada de Toyota, Daihatsu, Suzuki, Subaru e Mazda, que gira em torno de 16 milhões de veículos.

Mitsubishi Outlander híbrido plug-in - teaser

A participação da Mitsubishi nessa parceria seria natural, considerando sua participação de 34% na Nissan e a já existente aliança entre as duas empresas e a Renault. Analistas veem no software o principal foco da união, com potencial para gerar economia de escala para as três empresas.

A parceria entre Nissan e Honda busca enfrentar desafios como a perda de mercado nos Estados Unidos e China, além da intensa competição com fabricantes chineses como BYD e Tesla. A indústria automotiva global passa por uma transformação acelerada, exigindo novas estratégias e colaborações para garantir competitividade. Então, é natural que haja essa movimentação entre as montadoras. 

Fonte: Automotive News